quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Gato Zé do Bar e Mercearia Progresso morre envenenado após a fama nas páginas da Folha de Jataizinho


Após a fama na Folha de Jataizinho que contou sua história, o gato Zé, de Dolores Ferreira Carvalheiro, do Bar e Mercearia Progresso no Conjunto Antônio José Vieira, foi envenenado junto com outro gato. Ambos morreram. Zé tinha 6 anos e saia pouco de casa. Mesmo assim era querido e muitos o fotografavam. “Deram um veneno forte e ele chegou babando no portão. Coloquei-o no tapete para vomitar, mas não deu certo. Muitos estão revoltados pois criamos os bichos com amor e carinho. O individuo que fez isto não tem coração e vai pagar, seja no inferno ou perante a justiça. Se souber quem foi vou denunciar a polícia. Os animais são indefesos e bons”, diz revoltada.                

Ainda indignada, ela recorda que também mataram o galo Chico a pauladas e um terceiro gato a tiros. Ambos morreram com requintes de crueldade. “Eram animais dóceis que brincavam e pulavam nas pessoas”. Apesar do susto, ela cita que no bar nunca houve ameaças ou homicídio. Com a morte do Zé, Dolores ainda cria o gato Juvenal e as gatas Pipoca e Neguinha. Após cirurgia de cesariana elas operaram para não criar.                                    
Enterrado no quintal, numa caixa e envolto em tecidos, o Zé vai deixar muitas saudades. E para não haver tristeza no Bar e Mercearia Progresso, Dolores Ferreira adestrará outro gato. No entanto há receio que possam fazer maldade contra ele.


Além do happy hour com presença do público de todas as idades, Bom Bife de Ibiporã tem variedade de açougue e restaurante com marmitex a partir de 8 reais.


O Bom Bife é uma empresa familiar e tradicional há mais de 22 anos em Ibiporã. Os esforços do comerciante Carlos Bruneli se iniciaram com o açougue. Anos depois ampliou o estabelecimento com um mini mercado, lanchonete e restaurante, que surgiu para agregar valor e inovar a partir do espaço ocioso. O restaurante está aberto de 2ª a sábado, das 11 hs às 14hs30min e aos domingos tem marmitex a retirar no balcão ou entrega, onde motociclistas levam a qualquer ponto de Ibiporã em menos de 15 minutos. Popular em virtude da diversidade de carnes, o Bom Bife tem almoço a partir de R$15,00 e as marmitex são as mais pedidas, como a de R$ 8,00, com opção de três a quatro tipos de misturas. Outra grande procura são os pratos executivos de 10 reais. Carlos Bruneli diz que o valor em conta se deve ao fato de agregar o açougue ao restaurante, propiciando produtos de qualidade e menor preço. “Graças a isto forneço condições facilitadas a grupos ou empresários que desejam comprar em maiores quantidades, como por exemplo, pagamento mensal ou quinzenal”, diz.
O Bom Bife é um ponto de encontro e happy hour, que funciona desde 1994 e música ao vivo a partir de 2003. Uma opção a mais de entretenimento aos ibiporãenses. A lanchonete recebe duplas com o melhor do sertanejo universitário e de raiz. Além da música ao vivo, o diferencial é o cardápio, com chopp, cervejas, sucos e refrigerantes. Há vaca atolada, porco no tacho, costela assada na tábua (acompanhada de mandioca e salada), frango, coxão mole, alcatra, contra file e demais. Outra opção são os espetos, nos sabores carne, frango, cafta, linguiça toscana, calabresa, porco, coraçãozinho, pão de alho, tulipa, carneiro e queijo mussarela. O público é variado e vem de Londrina, Jataizinho, Cambé, Rolândia, Sertanópolis e Bela Vista do Paraiso. O Bom Bife preza pelo ambiente familiar e grande presença de jovens. O happy hour é das 17 hs a meia noite e música ao vivo a partir das 20 hs.                             
A tradição do Bom Bife é lembrada principalmente aos domingos, onde a variedade de carnes assadas é grande e com preços acessíveis devido à compra direta. É possível encontrar, a partir das 10 hs, costela, maminha, frango assado recheado ou desossado, coxa desossada ou recheada, cupim, costela recheada, carnes suínas, lombo recheado e outras variedades alimentícias como maionese e farofa.
Carlos Bruneli tem perfil no facebook além da página do Bom Bife, com muitos seguidores, o comerciante interage com os clientes através de fotos e comentários. Aceitando cartão de crédito e débito, ele está na Avenida Paraná 1149. O telefone de contato é o 32585133.


Luarte Artesanato disponibiliza itens para segmentos variados.


A professora de Artes Rosângela Aparecida Bergamin da Luz (50) é formada há 26 anos e leciona no Colégio Teotônio Brandão Vilela, em Ibiporã. Ela produz artesanato há mais de 9 anos. Suas peças são expostas e comercializadas no Centro de Artesanato, nas redes sociais e escolas. Na produção constam itens em MDF (caixas decoradas, porta-jóias, caixa de giz escolar e quadros), pachtwork (bolsas e tapetes) feitos com retalhos, bordados e peças desenvolvidas com produtos reciclados, mostrando uma arte engajada e com responsabilidade ambiental através da sustentabilidade. “Aplico a reciclagem com os alunos da rede pública com garrafas de vidro decoradas que servem de presente”.                                                                                                                        
Além de Ibiporã, sua arte chega a localidades como Maringá, Curitiba e São Paulo através da internet. “Acredito na valorização do artesanato. Meus trabalhos estão no Centro de Artesanato e na Rota do Café. Isto gera renda aos envolvidos e torna Ibiporã um pólo de artesanato que valoriza o ser humano e agrega valores”, ressalta. Rosângela Aparecida diz que há uma grande valorização da arte e dos artistas locais, como Henrique Aragão, que sempre recebeu muito bem a todos, além do envolvimento da Secretaria de Cultura, que traz coisas boas ao município.                                                                
Os produtos, decorativos e únicos, são feitos por encomenda. Em especial é disponibilizada uma coleção de apagadores comercializados nas escolas. “Exerço a criatividade e o retorno é satisfatório. Antes de fazer o trabalho observo o perfil do cliente para fazer algo personalizado”, cita. Maiores informações podem ser obtidas na página Luarte Artesanato no facebook, ou pelos telefones 32581929 e 99338863. As compram são parceladas no cartão de crédito. 

Legado das artes para cultura universal, deixada por Henrique Aragão é recordada e celebrada na Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, em Ibiporã


Um ano após a morte de Henrique Aragão, em 25 de agosto, houve um evento no Cine Teatro Padre José Zanelli e na Casa de Artes e Ofícios Paulo VI, para lembrar o legado que o artista deixou não só para a cidade, mas para as artes e cultura universal.                                                                                                          
Na ocasião, o secretário municipal de Cultura e Turismo, Julio Dutra, apresentou como se deu o processo de transferência do imóvel e do patrimônio ao Município, via Fundação Cultural de Ibiporã, ocorrido este ano. Após o falecimento de Henrique, houve um grande período de espera por trâmites jurídicos até que fosse definido o destino da Casa de Artes, para que se soubesse quem ficaria responsável por sua manutenção, inventário e destino das obras, documentos e objetos que pertenciam ao artista. As pessoas que conheciam a Casa de Artes e Ofícios Paulo VI poderão observar que o município faz a manutenção geral do imóvel, como limpeza, consertos, organização dos espaços e da biblioteca do artista. Talvez não seja do conhecimento de todos, mas desde o último dia 28 de abril de 2016, o imóvel passou aos cuidados do Município. Assim, Júlio leu a prestação de contas minuciosa da manutenção, dos consertos e melhorias feitas no imóvel após a transferência.                                                                                                                     
A memória de Henrique de Aragão deve ser celebrada e recordar o legado que deixou para Ibiporã nas várias artes. No evento foi apresentada ao público uma obra produzida por Henrique em 1973 para a família Canziani, doada em 24 de agosto pelo médico de Londrina, Severo Canziani, ao acervo da Casa de Artes e Ofícios Paulo VI. A noite foi dedicada à arte e ao artista com o espetáculo OVO da Cia Agon, dirigido por Renato Forin Jr. que também atua na peça. O espetáculo colocou o público como atores e foi encenada de forma intimista, onde público e atores ocuparam o palco do Cine Teatro. Após a peça todos foram à Casa de Artes e lá a Escola de Dança da Fundação Cultural também prestou sua homenagem ao artista. Um filme gravado com o próprio Henrique foi exibido também no Teatro Eutália Aragão, nos fundos da Casa de Artes, onde no passado, ele encenava suas peças. Estiveram presentes amigos, artistas e pessoas que conviveram e contribuíram com a Casa de Artes e com o Artista. 


Igreja Católica de Jataizinho abre espaço para candidatos a prefeito expor idéias e propostas.


A Paróquia Nossa Senhora da Conceição, em 12 de setembro, abriu espaço aos dois candidatos a prefeito, Dirceu Urbano e Wilson Fernandes. Diversos segmentos da sociedade estiveram presentes e o objetivo, segundo a Pastoral da Comunicação, foi mostrar propostas. Vale citar que o candidato Wilson Fernandes não permitiu a reprodução da entrevista e há um documento protocolado que comprova a decisão.                                                                                 
Por outro lado, Dirceu Urbano agradeceu a oportunidade de mostrar as propostas de governo. Aos 59 anos e nascido na Água das Flores, ele é casado há 33 anos e ama Jataizinho. Devido a isto está na política, algo que lhe da experiência através de conversas com a população. Oriundo do ramo empresarial, entre 1997 a 2002 administrou um frigorífico com mais 500 colaboradores, além de ser gestor da APAE por 16 anos. “Quando cheguei à entidade havia muitos problemas a serem resolvidos. Eram 60 crianças, poucas condições financeiras e sem apoio do governo estadual e federal. Graças ao empenho de muitos nos tornamos uma das melhores APAEs da região de Cornélio Procópio, que tem 18 escolas”, recorda. Lutando por recursos e vendo o crescimento das despesas, Dirceu Urbano cita que a comunidade também se empenhou na causa e graças a isto a escola é bem mantida.                                                                                                                                 
Eleito para três mandatos de vereador e exercendo a presidência por duas vezes, ele diz que os mandatos foram marcados pela credibilidade e honestidade, além de ser bem aprovado e nunca promover perseguições políticas. Em sua terceira candidatura ao executivo municipal, Dirceu Urbano sonha mudar a cidade, colocando-a rumo ao futuro prospero. Mas para isto é necessário trabalhar. “Se alguém tivesse a coragem de criar o parque industrial, hoje teríamos mais fonte de receitas, além do desenvolvimento social, político, educacional e do turismo. O bom gestor não acumula despesas, mas arrecada. Sou do ramo empresarial e não tenho verbas públicas para gastar. Todo o mês arrecadava mais de meio milhão, no intuito de cobrir a folha de pagamento, além de pagar demais impostos”, relata.                                     
Dirceu Urbano explicou que a prioridade é o parque industrial e com ele a cidade diminuirá problemas como a falta de médicos, pobreza, desemprego e a migração de pessoas para o exterior ou para trabalhar em outras cidades, tendo que enfrentar ônibus lotados e retornar tarde para casa. “Temos que plantar a semente do parque industrial para aumentar a receita”. Outra proposta junto ao Consórcio de Saúde da Região Metropolitana é a agilização para acabar com filas de consultas e exames, que demoram muito. Ele também quer trazer pediatra durante a noite, pois no período as crianças têm mais dificuldades, além de ser ruim se deslocar para Ibiporã e Londrina em busca de atendimento.                                                                                                            
Propondo a gestão participativa, o candidato ressaltou o investimento no turismo, a representatividade das associações e comunidades, mais espaço aos estudantes e o incentivo das escolas no tempo integral “Algo necessário. Os pais vão trabalhar e as crianças ficam expostas na rua”. Outro ponto foi o funcionalismo público, que tem o salário defasado e o atual prefeito tem dificuldades para pagar devido a falta de recursos. 

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Os heróis anônimos de Jataizinho.


Em janeiro as chuvas castigaram Jataizinho e outras cidades da região. Muitos foram os prejuízos e foi necessário o amparo da população para auxiliar os desabrigados. Neste contexto surgiram diversos heróis anônimos, como o motorista Sérgio Aparecido Veiga de Oliveira (39). Nos dias mais intensos da chuva a água invadiu sua casa cerca de 40 centímetros, sendo ela mais alta em relação a outros imóveis da rua. Vendo o desespero dos vizinhos, ele foi a diversas residências e resgatou móveis, roupas, mantimentos, animais e idosos. Quando isto aconteceu à água estava acima da sua cintura. “Tomei a atitude por compaixão e por não desejar a dor e o sofrimento que passei, uma vez que perdi muitos objetos. Não apenas eu, mas muitos foram solidários”, diz Sérgio de Oliveira mora em Jataizinho desde 1994 e já viu quatro enchentes, como em 1997. Vivendo com a esposa Juliana Firmino e mais dois filhos, ele observa que alguns imóveis próximos a Rua Curitiba foram construídos pertos ao Ribeirão Jataizinho, sendo que não deveria ser expedida autorização dos órgãos públicos, como por exemplo, o habite-se. “Quando minha esposa comprou o imóvel, não sabia que estava numa área próxima ao rio. Deve haver uma distância mínima para evitar impactos ambientais e para se preservar o meio ambiente. Infelizmente os órgãos públicos foram coniventes ao liberar o alvará destas casas. Os futuros compradores de imóveis devem observem estas questões e haver  mais rigor quanto à fiscalização de obras.                    

A esteticista Rosenilda Bergamini não foi diretamente atingida pela enchente, porém a situação calamitosa a comoveu. “A tempestade durou cerca de uma hora e interrompeu o fornecimento da energia elétrica. Comecei a ouvir pessoas assustadas gritando por socorro e chorando. Fui até elas e ofereci minha casa como abrigo. Fiz o que pude, mas fiquei triste porque no momento dos acontecimentos os órgãos públicos não estavam presentes. Cabe aos mesmos avisar a população que o rio estava subindo e que se deveria abandonar o local. Isto é prevenção”, diz a esteticista. Através da Rádio Nova Geração ela fez um apelo para o resgate de um casal de idosos, presos devido o alagamento. Não demorou muito e logo surgiram vários botes para socorrer o casal. “Faz vinte anos que moro aqui e nunca vi algo assim. Há muitos heróis anônimos que ajudaram neste dia, como o Odemir Briola da Rádio Nova Geração e o Sérgio Oliveira. Porém faltou a ação e orientação imediata dos órgãos públicos, uma vez que a população ficou desorientada. Acolhi cerca de dez pessoas em minha casa, dei abrigo e comida para grávidas, crianças e idosos”, diz. Ela ressalta que o ginásio de esportes deveria ter sido aberto antes para receber as pessoas, além da prefeitura ter colocado os caminhões tardiamente a disposição, algo que teria salvado muitos objetos.                               

Emocionada com a situação, Maria Elza dos Santos recorda os momentos difíceis que passou com as chuvas e agradece a ajuda que Rosenilda ofereceu a muitas pessoas. “Ela (Rosenilda) teve um grande coração. Estávamos desesperados, com frio e fome. Não havia quem nos ajudasse. Neste momento surgiu esta heroína anônima, que nos acolheu e nos alimentou. A Rosenilda provou ser mais que uma amiga. Ela foi companheira e uma mãe, cabendo as pessoas se espelharem no seu exemplo”, pontua. 

Sucesso nos anos 70 com “Os Carbex”, Paulo Cavalcante hoje se dedica a reconstruir a história do município.


Ele é simples, humilde e gosta de conversar sobre as histórias da cidade. Seu nome é Paulo Alves Cavalcante (63), autor do hino do Rotaract Club, que também “empresta” a voz para o hino de Jataizinho e integrou várias bandas. Nascido em 1952, aos sete anos ele já tocava sanfona e 1969 iniciou a vida artística com o grupo Bad Boys Bands, de Cornélio Procópio, além de integrar a New Sound e Os Carbex. “Os Carbex eram o sucesso época e as apresentações eram em boates e restaurantes. Tamanho o entusiasmo dos fãs, que em 1976 um grupo de jovens pediu que eu fizesse o Hino do Rotaract Club num concurso, o qual fui vencedor”, recorda.                                      

Não foi apenas este hino que ele canta, mas o de Jataizinho também. Ele cita que em 1969 foi determinado que todos os municípios teriam seu hino, o que aconteceu na cidade. Porém, em 1988, gravando jingles políticos com o Junior Som, viu um caderno com o hino local e quis ouvir a gravação. Como não existia o disco original de 78 rotações, gravado por Sebastião Lima, ele então o gravou, sendo sua voz que consta no site da Prefeitura.                                            

A música foi muito presente em sua vida e transita na sua memória “Os Carbex”, iniciada como Banda São Marcos Som em junho de 1969 no Baile dos Cravos, mudando o nome para MSom 6 e iniciando nos anos 70 uma aventura arrojada, que foi tocar por dois meses em bailes no Estado de São Paulo. “Ficamos com este nome até 1974. Tamanha a qualidade dos músicos que muitos subiam no palco para ver se as músicas eram gravadas ou cantadas ao vivo, num repertório com Beatles, Ivan Lins, forró e sucessos de novelas. Os bailes acabavam às três da manhã e esperávamos o ônibus da Viação Garcia até as cinco horas. No trecho conheci vários jornalistas e músicos”.                           

“Os Carbex” são apenas um capitulo na vida de Paulo Cavalcante, sendo que a paixão pela arte também se expressou no cinema, o qual se recorda como surgiu na cidade. “O Cine Pernambuco era a atração da época. A Praça Frei Timóteo era maior e foi dividida em duas. Na parte de baixo construiu-se o centro comercial com a Pernambucanas, Banco Mercantil, Cine São João e demais comércios. Com a saída da Pernambucanas e a disposição de espaços, o engenheiro Pedro Brandão, filho do ex-prefeito Antônio Brandão, ampliou o cinema e criou a Cine Pernambuco, que funcionou até 1992 e rodou filmes como “O dólar furado”, “Zulu”, “Os 10 Mandamentos”, “Moisés”, todos os clássicos de Mazzaroppi, “A paixão de Cristo”, filmes em preto e branco do Tonico e Tinoco, sucessos de Glauber Rocha como “Deus e Diabo na Terra do Sol”, além de futebol e filmes pornográficos às quarta feiras, das 20 às 22 horas. “Os filmes eróticos eram para maiores de 18 anos e havia na portaria o Juiz de Paz, que hoje é a Vara da Infância e Juventude. Eram cidadãos voluntários, como o João de Deus, que minuciosamente conferiam o documento de todos. E, mesmo sendo filmes para adultos, a censura da época não permitia o nú”, diz. Além de filmes e futebol, cantores, humoristas e eventos que não eram ao ar livre, se apresentavam no recinto.                                               

Com o fim do Banestado, onde Paulo Cavalcante trabalhou, ele foi para a prefeitura e tornou-se curador do museu. Hoje, aposentado, resgata a história do município, que segundo ele, surgiu em 1851 a serviço da pátria. “Muitos documentos foram embora e aos poucos os resgatamos. Há um projeto para recompor o museu e lembrar as famílias tradicionais que ajudaram a construir a cidade”, pontua. 

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Regional de Saúde afirma que UPA de Ibiporã é referencia no Norte Paranaense.


O cardiologista Fuad Salle Neto (41) é Diretor Técnico da UPA desde a sua inauguração, há quase dois anos. A unidade recebe cerca de 190 pacientes por dia, 5 mil por mês e de 65 a 70 mil por ano, número maior que a população local. Também é comum os jatainhenses serem atendidos na unidade devido à pactuação federal e universalização do SUS. Em relação aos casos, 90% são de baixa complexidade, tendo pacientes de baixo risco e quadro clínico brando. “Monto a equipe médica, encaminho o direcionamento clínico, apoio a resolução de dúvidas em atendimentos e na falta de médicos cubro a escala. No entanto, nunca houve problemas relacionados a isto”, diz.
Referência no Norte do Paraná, segundo a 17ª Regional de Saúde, o cardiologista afirma que isto se deve ao trabalho em equipe e envolvimento da Administração Pública e Secretaria de Saúde, que não medem esforços. Outro fator são os investimentos variados e aplicação de recursos federais. “Fui convidado a fazer a gestão técnica. A Administração Pública acreditou em minhas idéias e atende todas as solicitações de medicamento, fluxo, material, classificação de risco e orientação de equipe. O atendimento não é politizado e a prioridade é a humanização. Aqui não há negligenciamento, exijo o acolhimento total e que os profissionais de saúde dêem o melhor. Em contra partida a Secretaria da Saúde dá suporte e há constantes visitas e fiscalização na unidade. O sistema de saúde pública está sobrecarregado nos postos de saúde e a UPA dita um ritmo mais rápido de atendimento”, relata.                                         
Com 30 a 40 médicos flutuantes, Fuad Salle diz que não há problemas de escala graças ao controle dos plantões. Os médicos novos passam por tempo probatório e caso não se adaptem são trocados. Quem fica tem respaldo. Quanto à enfermagem, começada do zero, há muito treinamento e orientações, refletindo qualidade no atendimento. A mesma situação ocorre no administrativo. Além disso, a Prefeitura tem Ouvidoria e demais reclamações via e-mail, facebook e telefone, de imediato são respondidas com auto critica e avaliação isenta. “A UPA é querida devido os aspectos citados anteriormente, principalmente no acolhimento humano, no empenho da Secretaria de Saúde e em especial do prefeito José Maria, que sempre visita a unidade, conversa com os pacientes e as equipes, a fim de ver os problemas e buscar soluções. Ele supervisiona o trabalho. Como gestor observo que esta atitude são valores que dão qualidade ao SUS”, pontua.