sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Comunidade Terapêutica Passo a Passo usa a laborterapia no tratamento de alcoólatras e dependentes químicos.


Há sete meses a Comunidade Terapêutica Passo a Passo, administrada pela enfermeira Tânia Ferreira e coordenada por Marcus Vinicius Ferreira, funciona num espaço de 8,5 alqueires no Jardim Kennedy. Voltada ao tratamento do alcoolismo e dependência química, a Passo a Passo não tem fins lucrativos e atende cerca de 20 pessoas tendo como base trabalho, oração e disciplina. Usa-se os “12 passos” dos Alcoólicos e Narcóticos Anônimos e a laborterapia. Há normas de convívio, horários e disciplina, uma vez que ao entrar na comunidade muitos chegam desregrados. Para ingressar existem duas situações: espontânea ou trazidos por familiares, sendo que a pessoa pode sair no momento que desejar devido o local ser de “portas abertas”. Muitos internos não tem família, foram abandonados ou encaminhados por elas ou direcionados por assistentes sociais e órgãos de saúde pública.                                   

O cronograma da comunidade, na parte da manhã, consiste no desjejum, parte espiritual e laborterapia. Pela tarde é feita novamente a laborterapia e há atendimento psicológico, espiritual, palestra sobre os “12 passos” e debates acerca de caráter e sentimentos. As atividades, segundo os coordenadores, não são repetitivas ou maçantes, pois muitos pacientes foram reprimidos e estão ali para buscar ajuda. Em relação à laborterapia, ela consiste no trabalho interno e do campo, onde há animais, plantações e o convívio com a natureza. “Isto serve para adquirir responsabilidades e readaptar ao trabalho fora da comunidade. Na laborterapia mostramos a ele sua dificuldade e porque usou álcool e drogas, uma vez que há motivos para isto e estas substâncias não afastará os problemas, mas sim fará aumentar”, diz Marcus Vinicius.                                                                                                               

Além da comunidade de Ibiporã, há uma unidade feminina em Congoinhas com o mesmo cronograma. Muitos internos encaminhados por assistentes sociais não tem condições de pagar o tratamento. Para que ocorra a construção do dormitório, cozinha e manutenção do espaço, a Passo a Passo aceita doações de alimentos, roupas e materiais de construção. Ela disponibiliza transporte para buscar estes itens. Maiores informações podem ser obtidas nos telefones 84222410/99766870/98597415/99634030. 

Em Cambé, moradores do Jardim São Paulo, Santa Luzia, Boa Vista, Santa Maria, Café 1 e 2, Bela Itália e Bela Suíça podem transferir o título para a Escola do Jardim São Paulo.

O Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos e morador do Jardim São Paulo, Nilson Ribeiro dos Santos, recentemente obteve uma grande conquista para o bairro: a implantação de seções eleitorais na Escola Professora Maria Rosa Trevisan Galhasce. “Os moradores reclamavam por não ter um local nas imediações para votar, deslocando-se para outros bairros. Protocolei um ofício no Fórum Eleitoral e solicitei a ampliação das urnas para a votação. Aprovaram o pedido e quem vive no Jardim São Paulo, Santa Luzia, Boa Vista, Santa Maria, Café 1 e 2, Bela Itália e Bela Suíça podem transferir o título”, diz.                         
A região do Jardim São Paulo agrega aproximadamente cinco mil eleitores e a expectativa são de oito urnas. Nilson dos Santos ressalta que é importante o voto perto de casa, pois isto contribui no processo eleitoral e democrático. “Votar é um ato de cidadania”, pontua.                                           
Questionada sobre o tema, a chefe do Cartório Eleitoral Cristiane Camila Bonacin Garcia, disse que a localidade tinha a demanda devido o crescimento de eleitores em Cambé e os outros locais de votação estar cheios. Quem mora nas imediações do Jardim São Paulo deve ir ao Fórum Eleitoral munido do RG, CPF, título de eleitor e comprovante de residência para mudar o lugar de votação. O serviço pode ser agendado pelo telefone 32535836 ou no site www.tre-pr.jus.br. O Fórum Eleitoral fica na Rua da Esperança, 450, no Jardim Alvorada.


Liderança popular do Jardim do Café 1, em Cambé, Maria do Carmo Bonfim luta pela construção de um colégio e pela urbanização da Estrada da Esperança.

Maria do Carmo Bonfim (54) mora há onze anos no Jardim do Café 1 e é uma liderança comunitária que exerce o papel de Conselheira na Associação de Moradores. Todos os problemas que chegam e ela são transmitidos ao João Anacleto, presidente da associação. Ativa em vários processos sua luta é para melhorar as condições locais. “Se lutamos pelo bairro, ele será valorizado. Além disso, cabe as lideranças comunitárias ajudar a população”, afirma.                    
Nestes onze anos ela participou de várias reivindicações, sendo a principal a construção de um colégio, aonde o primeiro passo foi à obtenção do terreno. “O ex-deputado estadual e atual prefeito de Ibiporã, José Maria Ferreira, junto com o João Pedro dos Santos (ex-presidente das Chácaras Santa Maria), o João Anacleto e moradores do entorno, fizeram diversas reuniões com lideranças e políticos para construir a escola. Com o terreno em posse da associação de moradores, solicitamos verbas para a execução da obra e estudos para contratar a empresa responsável para o trabalho. Esta é nossa principal bandeira, pois as crianças dos Jardins Boa Vista, Ana Luzia, São Paulo, Cambé 1 e 2, Bela Itália, Bela Suíça e Chácaras Santa Maria precisam de um colégio mais próximo”, diz.                                                                 
A luta de Maria do Carmo não se resume apenas na construção do colégio. Como liderança popular ela defende uma passarela na BR 369, próximo ao bairro e que evitaria muitos acidentes. A proposta foi encaminhada a Câmara dos Vereadores e eles já batalham por isto; estudos nos postos de saúde para aumentar a quantidade de médicos e dividir os dias para marcar exames de sangue, algo feito uma vez por semana e que pode ser ampliado; implantação de uma Escola Oficina direcionada a adolescentes, no intuito de retirá-los da ociosidade; cobertura dos pontos de ônibus, que durante as chuvas não são usados pela falta de abrigo. “Encaminhamos o pedido a prefeitura e já se desenvolve o projeto”, relata.                                                       

        Diante da preocupação quanto à infra-estrutura, Maria do Carmo revelou que se encaminhou ao Governo do Estado a solicitação de estudos para urbanizar e duplicar a Estrada da Esperança. “A Rua da Esperança começa na Avenida Roberto Conceição, tem este nome até a BR 369 e chega próxima a UEL. A urbanização da via é fundamental para o progresso e desenvolvimento da região, além de diminuir o tráfego nas rodovias. Atualmente pode-se compara-lá a Saul Elkind, que após a urbanização facilitou o deslocamento entre Cambé e a região norte de Londrina”, pontua.               

A municipalização dos serviços de água e esgoto em Londrina pode afetar Cambé?


O debate acerca da renovação ou não do contrato com a Sanepar em Londrina é o atual tema das audiências públicas por lá. Três alternativas são avaliadas: municipalização, renovação do contrato ou a terceirização. “A municipalização exige uma série de desdobramentos, contratação de pessoal e comprometimento de capital. Isso vale também para a licitação. A assinatura de um contrato com a própria Sanepar evita o ressarcimento, mas impede o aporte de recursos que viriam através do processo de concessão. É um processo complexo e a decisão do Executivo depende da opinião pública”, explica Alexandre Kireeff, prefeito de Londrina.                                                                      
No debate, um ponto não está sendo levado em consideração: Londrina e Cambé têm o sistema de abastecimento integrado e os cambeenses não foram convocados a participar da discussão. Para elucidar dúvidas, procuramos o prefeito João Pavinato. Ele afirmou que o tema em Londrina é antigo, além de crer que se estenderá por muito tempo. “O Sistema Tibagi abastece as duas cidades e há um projeto para atender Rolândia. Tamanha é sua engenhosidade, que no futuro pode chegar a Maringá. Mas, independente da decisão, a Sanepar tem um contrato a cumprir conosco. Enquanto vigente a contrapartida é o acesso a toda população e a prática de valores acessíveis e condizentes com o mercado. Caso mude a titularidade de concessão negociaremos. Cambé é soberana e está sobre o Aqüífero Guarani, de onde podemos captar e tratar a água”, declara.                                        
Acompanhando as discussões pela imprensa e redes sociais, Pavinato afirma que em algum momento os cambeenses foram chamados a participar das audiências, além da Sanepar não lhe passar preocupações em caso da descontinuidade. Interado de como funciona os sistemas de saneamento, ele se coloca a disposição do prefeito, vereadores e população londrinense para ajudar no que for preciso, além de ressaltar a importância dos políticos e moradores de Cambé serem convidados para o debate, uma vez que a questão hídrica é séria e se observa a crise no abastecimento em diversas regiões do país, algo que não ocorre por aqui. “Estamos atentos a questão. Deve-se frisar que a estrutura da Sanepar em Londrina não é algo fácil de desvencilhar apenas por lei. Há um grande custo e em caso de mudança a Sanepar ter que ser ressarcida, além de Londrina, Cambé e a Sanepar terem a obrigação de respeitar contratos vigentes”, afirma.                                               
Cambé e Londrina são privilegiadas quanto à distribuição de água tratada, que atinge 100% dos domicílios. Quanto à coleta e tratamento de esgoto Cambé possui 90% de cobertura, colocando-a num patamar elevado. Porém, o prefeito João Pavinato relata que o interesse coletivo é a plenitude do serviço. “Em reunião com diretores e o presidente da Sanepar, Mounir Chaowiche, afirmou-se o desejo de atender a demanda. Tamanha é a seriedade da empresa, que eles trabalham em novas contratações para implantar o esgoto em bairros históricos do município. A Sanepar é uma boa parceira e enquanto for possível a manteremos, pois nosso contrato ainda tem muito tempo de vigência”, finaliza.

Mesmo com as novas tecnologias e a digitalização, o fotógrafo Miro preserva a sensibilidade, a tradição e o glamour em seus trabalhos.


         Foi em 1973, na época das máquinas analógicas que Valdomiro Augusto da Silva, empregando a “máquina caixão”, a mesma operada pelos fotógrafos de rua, os “lambe-lambes”, começou a trabalhar. Aos 14 anos ele era auxiliar no antigo Foto Itamaraty da Praça Getúlio Vargas, indo labutar no Foto Moderno por dez anos e depois no Foto Célula em Londrina, onde aprendeu a revelar fotos coloridas. “Quando o colorido chegou ninguém a fazia em Cambé. Dediquei-me a nova técnica, tornei-me pioneiro e matéria do Cambé Notícias, jornal que guardo até hoje. A fotografia é o exemplo da modernização da sociedade, onde a sensibilidade do fotografo é a mesma”, diz.                              

Há 42 anos no ramo, Valdomiro Augusto da Silva ou Miro, preserva a memória e tradição do município ao fotografar pessoas e lugares. Tamanho é seu gosto pela da história, que possui três ambientes repletos de antiguidades que facilmente virariam um antiquário ou museu. Reconhecidamente um dos fotógrafos mais antigos da Cambé, ele afirma que diversos profissionais saíram da atividade porque não se adaptaram a modernidade. “Uso tecnologia de ponta na edição de foto e vídeo, mas ainda sou tradicional. 90% de quem usava a tecnologia analógica e não se adaptou ao digital fechou as portas. A modernização exige custos e qualificação com palestras, cursos e workshops. O digital difere do analógico, pois cada ambiente requer ajuste da máquina. Muitos não tiveram paciência ou condições financeiras para atualizar o material devido o alto custo”, afirma.                                                                                       
A tradição do Miro é vista ao ser contratado para registrar casamentos, algo que representa “sonhos” e o chamado “momento único”, de filhos e netos de pessoas que fotografou no passado, além de batizados e aniversários. Com um amplo estúdio, ele faz eventos, foto publicidade, ensaio de gestantes, bebês, 15 anos, 3x4, reprodução e restauração.                                              

Quanto às antiguidades, Miro junta itens desde a infância e coleciona carros, 22 bicicletas (algumas são de 1952 e há uma Monareta dos anos 70 que usa regulamente junto com a Barra Circular), gibis, revistas, LP´s, TV Philips e valvuladas, rádios dos anos 50 aos 90, moedor e torrador de café, lampião, lanterna de navio, ferro de passar roupa a brasa, máquina registradora, dinheiro, porta retrato, telefone dos anos 40, garrafas, batedeiras, moedas do Império e da República, baús de caixeiros viajantes com mais de cem anos, canecas, latas dos anos 50, placas de veículos, vitrolas, geladeiras, relógios e demais objetos. “Preservar a memória é importante. Freqüento Encontros de Carros Antigos e observo que os jovens estão gostando de relíquias”, pontua. 

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Após demanda judicial e 68 anos de história, Cambé terá seu primeiro terminal urbano.

Segundo o prefeito João Pavinato (PSDB), desde 2009 existe a preocupação da Administração Municipal em fazer o terminal de ônibus num local que propicie conforto, segurança e espaço para os cambeenses serem bem atendidos com melhores condições no transporte público. “Detectamos o problema em 2009 e observou-se que o embarque e desembarque de passageiros não poderia ficar na Praça Getúlio Vargas. Buscamos na região central um local para abrigar o terminal. Após pesquisas descobriu-se um terreno na Rua Belo Horizonte, próximo ao Colégio Olavo Bilac, que pertencia a Secretaria de Patrimônio da União (SPU). Solicitamos a cessão do mesmo ao município, o que foi concedido após um longo processo”, afirma.                                       


No entanto, ali começava a demanda judicial para tirar a casa que estava sobre o terreno, além do cidadão que ali morava solicitar o valor de cem mil reais para sair do imóvel público. Isto impediu os trabalhos de sondagem no solo, fundamentais para o projeto arquitetônico. “Aguardamos o desenrolar jurídico após a SPU entrar com uma ação para reintegrar a posse do terreno e entregá-lo a Cambé. Foi algo demorado”, recorda Pavinato.                                       

Em posse do mesmo, houve o inicio do trabalho com a confecção do projeto arquitetônico e, depois de feito, foi a compra de projetos complementares, feito por licitação. Com os projetos prontos, atualmente a prefeitura faz orçamentos e em breve terá inicio o processo licitatório para inicio da obra, prevista para o inicio de 2016. Pavinato ressalta que o custo será em torno de um milhão a um milhão e duzentos mil reais, uma vez que não é uma obra cara, pois não há muito que se construir. “Um terminal ocupa muito espaço físico, porém o custo maior refere-se à cobertura”, declara.                        



Para o prefeito, a obra representa um equipamento urbano que dará qualidade de vida aos usuários do transporte coletivo. Além dele, a prefeitura desenvolve um projeto para melhorar os pontos de ônibus. “O projeto arquitetônico do terminal urbano representa o município, valores culturais e históricos que é o café, uma vez que terá a cor verde e vermelha e o brasão da cidade. Os cidadãos cambeenses que utilizam o transporte coletivo, cerca de 40 mil pessoas, terão respeito e dignidade”, pontua.


Lojas MM inaugura filial na Avenida Santos Dumont.

De olho nas vendas do fim do ano e no crescente mercado local, o Grupo Mercado Móveis, através das Lojas MM, inaugurou no inicio de novembro uma filial na Avenida Santos Dumont, 251. Agora, os cerca de 51 mil habitantes de Ibiporã contam com as facilidades e preços imbatíveis. A loja, de porte médio, possui 300 m² e conta com seis vendedores, comandados pelo gerente Francisco Carlos Gaion.

 

Incentivando o esporte, patrocinando atletas e eventos, IN.FLUÊNCIA comemora um ano de atividades. (Publicado no Jornal Nossa Terra em 2014)


A prática e disseminação do skate e outros esportes vêm se tornado comum em Ibiporã graças ao empenho do Júlio Cesar Conceição, fundador da marca IN.FLUÊNCIA, que em dezembro comemora um ano. Para celebrar a data, será realizado um grande evento no próximo dia 6 (sábado), a partir das 13 horas na Praça Pio XII.Logo em seguida, haverá a disputa de “best trick” (melhor manobra) e às 14 horas será feito um “rolê” com centenas de skatistas pelas ruas centrais, até a Loja IN.FLUÊNCIA, onde haverá shows com vários estilos musicais. Estão confirmadas as presenças de Hellentycia, KNP, Mestre de Cerimônias BRN, Dj Diquebrada, Dj Arthur Porps, Fim de Tarde, Banda Urubaq e John Rogers apresentando UZI. Também haverá “best trick” na mini rampa da IN.FLUÊNCIA e o “Desafio Picnic Table”, patrocinado pela URGH, onde a melhor manobra leva para casa um “table”, uma espécie de mesa. 

Londrina e região agora possuem um serviço completo de fretes.

     Está disponível para Londrina, Ibiporã e Cambé o mais completo serviços de fretes e mudanças, através do Batata Fretes. O serviço é oferecido com um caminhão baú Cargo ¾ e as viagens são feitas para todo o Brasil. O Batata Fretes também disponibiliza aluguel de camas elásticas para festas e aniversários de crianças. Maiores informações podem ser obtidas nos telefones 84995810/84076087. 

Poesia Paranaense, por Aldo Moraes.

   A literatura é uma das forças culturais do Paraná, o estado tem nomes reconhecidos nacionalmente e traz a marca da diversidade dos povos que formam nossa história na capital, cidades médias e interior rural. Dentro da literatura, o artigo destaca nomes voltados à poesia como Paulo Leminski (1944-1989), curitibano poliglota e parceiro de canções com Caetano Veloso e Guilherme Arantes.
   A poesia pode ser técnica, emocional, filosófica e social, porque em muitos momentos da vida brasileira foi ela quem denunciou os absurdos da política. Nesse caso, como dizia Leminski, não é a poesia quem deve se explicar diante da vida. Mas é a vida quem deve uma explicação à poesia!

Deus dá a todos uma estrela
Uns fazem dela um sol
Outros nem conseguem vê-la


   Estes versos são da professora Helena Kolody, que se tornou referência no Brasil ao abordar a vida com doçura e reflexão. Curitiba ainda nos deu nomes como Alice Ruiz, Emílio de Menezes, Marcos Prado e Wilson Bueno.
   Em nossa região, autores vão se consolidando desde os anos 70 e a cada geração, a força dos nossos poetas vai deixando marcas na literatura nacional. É o caso de Domingos Pellegrini (romancista e diversas vezes premiado), Rodrigo Garcia Lopes (tradutor), Mário Bortolotto (dramaturgo), Alexandre Horner, Augusto Silva, Hermann Schmitz, Edra Moraes, Karen Debertólis e Marcos Losnak, todos londrinenses e com trabalhos de grande qualidade.
   Vagner Xavier e Camila Gomes são dois jovens poetas com premiações acumuladas em concursos nacionais e Europa. Esta renovação permanente e espontânea mostra o vigor da literatura do interior do Paraná.
   Em Cambé, temos o dramaturgo e poeta Valdir Rodrigues, Ronilson Rony, Gerdião César e Joaquim Poeta, cujos poemas são divulgados em todo o Brasil e recebem muitos elogios. Isso mostra a vocação paranaense e a grande qualidade para a produção poética.

O céu escuro, sem brilho e nem cor, derramava sobre mim a triste e dolorosa vida.
Um olhar mais atento, um raio que surgiu das nuvens, caiu em minha direção, e foi quando vi duas asas, brancas e puras, e deliciosas... (Valdir Rodrigues)


   Ibiporã tem um importante movimento cultural e a literatura também é prestigiada. Mauricio Leonardo, por exemplo, além de poeta é o grande incentivador da Academia de Letras da cidade. Marilza Ribeiro e o poeta ambiental Ataide Vieira se destacam na identidade com as coisas de Ibiporã.
   Miguel Sanches Neto nasceu em Bela Vista do Paraíso e é um nome de renovação da poesia brasileira. Um de seus livros mais saudados é “Venho de um país obscuro”. Como ele, a maioria dos nossos escritores mescla temas universais com as lembranças da infância e da terra onde nasceram. Assim, as ruas de Curitiba, Ibiporã, Cascavel, Cambé, Londrina, Foz e Ponta Grossa são conhecidas de leitores em todo o mundo por causa de nossos poetas.

Habitar a sombra sem janelas de sol.
Residente e domiciliado no impreciso, no intervalo,
na entrelinha, no avesso, o poeta não dispõe de endereço.
Procurado no último domicílio conhecido,
só encontrarão palavras. (Miguel Sanches Neto)


   O litoral possui representantes de Morretes e Paranaguá, que se enquadram no Movimento Simbolista. Da primeira cidade saiu Silveira Neto, com temas relacionados à família. De Paranaguá veio Nestor Vitor, com poesias, contos e romances, além de divulgar a literatura francesa.

Criança que ora Criança que canta
Criança que ama Criança que a noite adormece
Sou uma criança, Canto, oro e obedeço... (Camila Gomes)


   Merece citação e aplausos que um jornal como o Nossa Terra abra espaço para a cultura, onde podemos dialogar sobre a poesia que está tão perto de nós. Este feito do jornal é inovador e aponta para o futuro promissor da imprensa que conversa com sua comunidade.

Doador de sangue é isento na inscrição de Concursos Públicos e Testes Seletivos em Ibiporã.


Hoje, dia 25 de novembro se comemora o “Dia Mundial do Doador de Sangue”. E, os ibiporãenses têm um motivo a mais para comemorar a data: a Lei 2688/2014, de autoria do vereador Marcos da Ambulância, concede isenção na taxa de inscrição de concursos públicos e testes seletivos no âmbito da Administração Direta, Indireta, Autarquias e Fundações do município, para os doadores. “A lei determina que o Executivo, através da Secretaria de Saúde, articule o desenvolva campanhas, seminários, simpósios, conferências e outros meios que visem à divulgação da importância da doação de sangue, além de estimular a prática entre a população. Também cabe ao poder Executivo e Legislativo, conceder isenção na taxa de inscrição dos concursos públicos aos doadores”, declara Marcos da Ambulância. Para obter isenção, é preciso comprovar no mínimo três doações no prazo de 15 meses retroativos à data do encerramento das inscrições do concurso público ou teste seletivo.                              
Doar sangue é um ato de cidadania e salva vidas. E você? Já doou sangue? Em busca de respostas fomos às ruas questionar a população.


- Anésio de Oliveira (66), relata que doar sangue ajuda a salvar a vida de acidentados, baleados ou de quem faz alguma cirurgia. Ele não doa sangue devido a problemas de saúde, no entanto, estimula os familiares a fazer isto. “Doar sangue é um ato de amor ao próximo”, diz.


- Marcos Lima (80) já doou e ressalta que precisou receber sangue devido a problemas de saúde. “Hoje você pode ser doador, mas amanhã pode ser receptor”, relata.


- Vanderlei Bueno (45) aponta que doar sangue é algo sério e deve haver mais locais no município para receber doadores, uma vez que não há captação exclusiva e um ônibus vem de Londrina para realizar o procedimento. “Uma boa idéia é colocar o ônibus no primeiro sábado do mês na Praça Pio XII. Há um grande fluxo de pessoas que transitam por ela devido o comércio e a proximidade com o Terminal provisório de ônibus”, afirma.

- Luis Carlos de Oliveira (64) vê a doação como necessária e um ato de cidadania. “Doei sangue para ajudar minha irmã que foi realizar uma cirurgia. Não doeu e foi rápido. Se a pessoa tiver condições de fazer isto, salvará muitas vidas”, finaliza.