terça-feira, 23 de agosto de 2011

Serviço de utilidade pública

A burocracia é um empecilho que causa vários transtornos. Todavia, existem informações disponíveis ao alcance de todos, mas pouco difundidas. Estas informações podem facilitar muito as nossas vidas. Como por exemplo:
- Quem deseja tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir a um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila. O cartório eletrônico já está disponível pela internet. Basta consultar o endereço cartorio24horas.com.br.

Nele você resolve estas (e outras) burocracias, 24 horas por dia e on-line. Cópias de certidão de óbito, imóveis e protestos, podem ser solicitados pela internet. Para pagar é necessário imprimir um boleto bancário e depois é só esperar o documento chegar via Correios. Divulgue esta informação, pois este serviço é muito importante.
- Auxilio a lista telefônica pelo 102, JAMAIS! Use o 08002800102. Veja como não somos informados acerca das informações realmente importantes. Ao consultar o 102, se paga R$ 1,20 pelo serviço, no entanto, as empresas de telefonia não avisam aos usuários a existência do serviço gratuito. Não custa divulgar para mais pessoas saberem.
- Documentos roubados: BO (Boletim de Ocorrência) dá gratuidade, conforme a Lei 3.051/98. Você sabia? A maior parte da população não sabe que a Lei 3.051/98 nos dá o direito, em caso de roubo ou furto, mediante a apresentação do Boletim de Ocorrência, gratuidade na emissão da 2ª via dos documentos de Habilitação (R$ 42,97), Identidade (R$ 32,65) ou Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11). Para adquirir a gratuidade, basta levar a cópia (não precisa ser autenticada) do BO e o original ao Detran, para Habilitação e Licenciamento e outra cópia a um posto do Instituto de Identificação.
- Multas de Trânsito: No caso de multa por infração leve ou média, se você não foi multado, pelo mesmo motivo nos últimos 12 meses, não precisa pagar multa. É só ir ao DETRAN e solicitar o formulário para converter a infração em advertência, com base no Art. 267 do Código de Transito Brasileiro. Leve cópia da CNH e a notificação da multa. Em 30 dias você recebe pelo correio a advertência por escrito, perde os pontos, mas não paga nada.
Código de Trânsito Brasileiro: Art. 267 – “Poderá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, não sendo reincidente o infrator, na mesma infração, nos últimos doze meses, quando a autoridade, considerando o prontuário do infrator, entender esta providência como mais educativa”.
- Divulguem estas informações ao maior número possível de pessoas para haver a desburocratização.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Aos 80 anos, obra e legado de Henrique Aragão viram fundação.

“São cinqüenta anos de Ibiporã e oitenta de vida, comemorados em 1º de agosto e essencialmente ligados à arte”, assim definidos pelo reconhecido nacional e internacionalmente artista plástico Henrique Aragão.
Nascido na Paraíba, Aragão chegou ao Paraná em meados anos 60, onde pintou a Catedral de Apucarana. Ao conhecer Ibiporã, erradicou-se e fora acolhido pelo então prefeito, Ciro Ibirá de Barros, numa época que não havia o pensamento voltado a arte, mas a indústria do café, o ‘Ouro Verde’. Ciente da deficiência e em busca de florescer a arte, Ciro de Barros cedeu um espaço a Aragão para dar inicio a suas oficinas de artes, nas mais diferenciadas modalidades e por onde passaram muitos ibiporãenses. “Com sessenta dias e repleto de alunos, o prefeito (Ciro de Barros) fez uma lei que criava a Casa de Artes e Ofícios Paulo VI. Lá, havia participação maciça nas mais diversificadas atividades como teatro, poesia, literatura, artes plásticas e ballet. O movimento cultural se avolumou e assim surgia a Fundação Cultural de Ibiporã, devido o contingente interessado pela arte”.
Muito do existente hoje, ligado à arte, teve a idéia semeada por Aragão, como as escolas de ballet, pintura e música que começaram no seu ateliê. “Queria tudo isso e hoje, aos oitenta anos, me preocupo com a produção artística e a organização da Fundação Cultural Henrique Aragão, que reunirá muito do que fiz”. Com uma obra imensa, algumas da futura fundação já foram expostas, recentemente, em outras localidades, no intuito de educar e difundir a arte.
Polivalente, Aragão é reconhecido pela pintura, escultura, gravura e poesia descritiva, isto porque, “muitos não se contentam apenas com a imagem, mas querem também palavras”. Outra qualidade, que realça o ser polivalente, é a proximidade com a educação, pois, sempre que pode, abre as portas de sua casa às escolas. Algumas visitas propiciam mais de cento e vinte alunos em seu ateliê e no teatro ao ar livre, existente numa casa repleta de obras que transparece uma vida dedicada à arte. E, devido esta proximidade, Aragão reúne junto com os alunos do Colégio Olavo Bilac, uma galeria de arte composta por pinturas e esculturas, para ser montada no próprio colégio. “Isso acostuma a pessoa a viver com a arte”, salienta.
Autodidata e com uma formação clássica inspirada em Michelangelo, em 1961, Aragão começou a desenvolver técnicas originais em chapas de metal, latão, bronze, ferro e aço inox, por varias razões: uma obra de aço vive centenas de anos e é imune a chuva e sol, sendo de fácil conservação. Um exemplo é o Monumento ao Viajante, em Londrina, que tem mais de 20 anos e nunca foi lavado.
Quanto a exposição, que teve inicio no último dia 12, no Cine Teatro Pe. José Zanelli e intitulada como “Uma releitura do tarô”, Aragão faz uma releitura do Tarô de Marselha. De acordo com o artista plástico “há diversos tarôs, como o egípcio e o indiano. Porém, o de Marselha é o mais respeitado e antigo. Sua origem é desconhecida e algumas afirmações indicam que fora inspirado na Cabala. Mas, como dito anteriormente, sua verdadeira natureza é desconhecida. Sua introdução na Europa foi pelos ciganos e isso o tornou algo suspeito, devido os nômades não serem bem vistos na Europa. Um exemplo recente, foi o ocorrido na França, de onde foram expulsos”, lembra o artista plástico.
Criticado pela igreja cristã, sempre houve uma reserva sobre o tarô, devido sua vinculação ao misticismo. Porém, Aragão cita que o objetivo da releitura é trazer uma experiência lúdica, onde os convidados, cobertos por um capuz, tocam sete obras. Após isso, a tarôloga responderá a perguntas feitas pelo convidado. “O objetivo é lúdico e não místico. Tem haver com a magia do mundo e do universo, a morte e o diabo, a autoridade e outras coisas que não sabemos explicar e que representam arquétipos ligados ao inconsciente coletivo e principalmente a arte, atualmente distante do povo”, finaliza.