terça-feira, 30 de setembro de 2008

Crise leva pessoas a morar em carro nos EUA. Por Rajesh Mirchandani, correspondente BBC News, em Santa Barbara (Califórnia)


Barbara Harvey dorme com seus cães dentro de seu carro
A cidade de Santa Bárbara se orgulha de seu estilo de vida tipicamente californiano, com praias, cafés e uma charmosa arquitetura de estilo espanhol.
É claro que tudo tem um preço robusto: localizadas entre as montanhas de Santa Ynez e o Oceano Pacífico, estão casas que valem milhões de dólares.
Mas, mesmo nesta ensolarada enseada de riquezas, muitos vivem longe do sonho norte-americano.
Em um estacionamento no lado oposto de uma rua de mansões luxuosas, a noite traz uma estranha visão.
Alguns carros chegam e estacionam nos cantos do terreno. Dentro de cada carro, mulheres, talvez alguns animais de estimação e malas cheias de coisas e roupas de cama.
A poucos metros de casas com quartos ociosos, estão os habitantes de Santa Bárbara que são obrigados a dormir em seus carros.
Sem-teto há pouco mais de um ano, eles são uma conseqüência direta do colapso do mercado imobiliário norte-americano.

Casas 4x4
Neste estacionamento apenas para mulheres, Bonnee (que revela apenas seu primeiro nome), usa um vestido azul e tem um comportamento de mulher de negócios.
Um ano atrás, ela vivia como, ironicamente, uma corretora de imóveis. Mas, quando as pessoas pararam de comprar casas, seu salário, baseado em comissões, secou e, como muitos clientes, ela não conseguiu pagar sua hipoteca.
De repente, ela se achou sem lugar para morar a não ser seu 4x4.
Pilhas de cobertores estão no porta-malas do veículo. Documentos pessoais estão nos compartimentos ao lado dos bancos. Uma caixa de maquiagem e uma carteirinha de uma academia de ginástica (onde ela toma banho) estão na frente. Com ela, constantemente, estão fotos de sua antiga vida.
Ela não consegue acreditar em sua situação.
"Meu Deus, o coração da América está sangrando", diz.
Lágrimas começam a sair de seus olhos.
"Eu sei que as coisas vão ficar melhores, mas é triste. Eu realmente lutei muito".
Um outro 4x4 entra no estacionamento e Barbara Harvey, de 67 anos, desce do carro.
Ela abre o porta-malas e dois grandes cães da raça golden retriever saem.
Barbara começa sua rotina noturna. Ela pega algumas de suas malas e tira um pijama e iogurtes (seu jantar). Ela então arruma cobertores na parte de trás do carro.
Barbara também costumava trabalhar com o financiamento de imóveis. Mas, desde abril, ela e seus cães, Ranger e Phoebe, passam todas as noites em seu carro. É apertado, mas ela diz que se ela dormir na diagonal, todos cabem dentro do veículo.

Nova tendência?
O estacionamento deixa as pessoas que dormem em carros entrarem a partir das 7h da noite, mas os banheiros públicos fecham com o pôr-do-sol.
Como resultado, Barbara diz que não bebe nenhum líquido depois que ela chega. De manhã, ela toma banho na casa de um amigo.
Vestida com roupas limpas e confortáveis e usando óculos escuros, ela não se parece em nada com o estereótipo do sem-teto.
"Vai começar a haver um monte de indivíduos que são de classe-média, mas que não podem comprar nada. Nós estamos em uma terrível confusão econômica. Acho que ainda não vimos nem metade do que vai acontecer com este país", diz Barbara.
Este novo fenômeno de sem-teto de classe média é difícil de quantificar, mas a New Beginnings, uma organização que cuida do sistema de estacionamentos-dormitórios em Santa Bárbara, diz que acomoda cerca de 55 pessoas em seis estacionamentos.
A assistente social Nancy Kapp, ela também uma ex-sem-teto, afirma que há uma lista de espera para espaço nestes estacionamentos e que ela recebe cada vez mais ligações de pessoas que estão para perder suas casas.
Ela diz que um novo tipo de sem-teto está surgindo nos EUA.

Pesadelo americano
"Ser pobre é como um câncer, agora este câncer está atingindo a classe-média", ela explica. "Não importa o quão forte você seja, é uma quebra na psique humana quando você começa a perder tudo que tem".
"Estas pessoas trabalharam a vida inteira para terem uma casa e agora tudo está desmoronando. Isto não é o sonho americano, é o pesadelo americano", diz Nancy.
Os preços de casas na Califórnia caíram 30% do início do ano até maio. Poucos lugares nos Estados Unidos foram tão atingidos.
Mas grupos imobiliários norte-americanos dizem que o aumento dos sem-teto nos EUA começou com o início da crise, no ano passado.

Vida em trailer
Em outro estacionamento em Santa Bárbara, Craig Miller, sua mulher Paige, e seus dois filhos dizem que se sentem apertados no pequeno trailer onde eles têm vivido por meses.
"É difícil manter as coisas limpas", diz Paige. "É difícil se sentir completo".
Originalmente da Flórida, a família cruzou os Estados Unidos para começar uma nova vida na Califórnia. Mas, incapazes de encontrar trabalho em tempo integral e incapazes de pagar aluguel, nas palavras de Craig, eles ficaram "presos".
Ele diz que, no início, era como férias, mas agora tudo está muito duro.
"Conseguir dinheiro para comida não é uma coisa na qual tínhamos que pensar antes", diz Miller.
"Nós esperamos conseguir sair daqui e conseguir um lugar para ficar. Estamos trabalhando duro para isso. Esta é apenas uma situação, não nosso destino".
Quando vai ficando escuro em Santa Bárbara, aqueles que dormem em carros se preparam para mais uma noite.
Mas todos precisam acordar cedo: não é permitido ficar lá depois das 7h da manhã.
Alguns trabalham, outros passam o dia dirigindo de um lugar para o outro.
Quando a noite cai de novo, eles voltam para o estacionamento.
Comparado com sem-teto de outros países e mesmo outros americanos, estes ainda têm sorte.
Mas se a crise econômica piorar, podem aparecer mais deles?


Crisis brings people to live in car in the U.S.. By Rajesh Mirchandani, BBC News correspondent in Santa Barbara (California)

Barbara Harvey sleeps with his dog inside your car
The city of Santa Barbara is proud of its style of life typical Californian, with beaches, cafes and a charming Spanish-style architecture.
Of course, everything has a price robust: located in the mountains of Santa Ynez and the Pacific Ocean, houses are worth billions of dollars.
But even in this sunny haven of wealth, many living away from the American dream.
In a parking on the opposite side of a street of luxurious mansions, the night brings a strange sight.
Some cars come and park at the corners of the land. Within each car, women, maybe some pets and suitcases full of things and bed linen.
A few meters of houses with rooms stranded, are the inhabitants of Santa Barbara who are forced to sleep in their cars.
Homelessness just over a year, they are a direct consequence of the collapse of the U.S. property market.

Houses 4x4
In this parking only for women, Bonnee (which reveals only her first name), uses a blue dress and behavior is a woman of business.
A year ago, she lived as, ironically, a real estate agency. But when people stopped buying houses, their salary, based on commissions, dried and, like many customers, she failed to pay their mortgage.
Suddenly, she found no place to live unless your 4x4.
Piles of blankets are in the trunk of the vehicle. Personal documents are in the rooms beside the banks. A box of makeup and a card from a health club (where she bathes) are in front. With it, constantly, are pictures of his former life.
She can not believe their situation.
"My God, the heart of America is bleeding," he says.
Tears begin to get out of your eyes.
"I know that things will get better, but it is sad. I really fought well."
Another 4x4 enters the parking and Barbara Harvey, 67 years down the car.
She opens the trunk and two big dogs of the breed golden retriever out.
Barbara begins her routine night. She gets some of its bags and pajamas and get a yogurt (your dinner). She then arranges blankets in the back of the car.
Barbara also used to work with the financing of real estate. But since April, she and their dogs, Ranger and Phoebe, spend every night in his car. It is tight, but she says she was sleeping in diagonal, all fit inside the vehicle.

New trend?
The park makes people who sleep in cars entering from 7 am of the night, but the public toilets close to sunset.
As a result, Barbara says he does not drink any liquid after it arrives. In the morning, she bathes in the house of a friend.
Dressed in clean clothes and comfortable wearing sunglasses, she did not seem in any way with the stereotype of the non-roof.
"It will start to have a lot of individuals who are of middle-class, but they can not buy anything. We are in a terrible economic mess. I think we still have not seen or half of what will happen to this country," says Barbara.
This new phenomenon of non-middle-class roof is difficult to quantify, but the New Beginnings, an organization that takes care of the system of parks, sleeping in Santa Barbara, says that accommodates about 55 people in six parks.
The social worker Nancy Kapp, she also a former non-roof, says that there is a waiting list for space in these parks and she receives more calls from people who are to lose their homes.
She says a new type of non-roof is emerging in the U.S..

American nightmare
"Being poor is like a cancer, this cancer is now reaching middle-class," she explains. "No matter how strong you are, is a break in the human psyche when you start to lose everything they have."
"These people worked their whole life to have a house and now everything is falling apart. This is not the American dream, is the American nightmare," says Nancy.
Prices of homes in California fell by 30% the beginning of the year until May. Few places in the United States were so affected.
But North American real estate groups say the increase in non-roof in the U.S. began with the start of the crisis last year.

Life in trailer
In another park in Santa Barbara, Craig Miller, his wife Paige, and her two sons say they feel squeezed into the small trailer where they lived for months.
"It's hard to keep things clean," says Paige. "It's hard to feel complete."
Originally from Florida, the family crossed the United States to start a new life in California. But, unable to find work full time and unable to pay rent, in the words of Craig, they were "prisoners".
He says that at the beginning, it was like vacation, but now everything is very tough.
"Getting money for food is not something on which we had to think before," says Miller.
"We hope to get out of here and find a place to stay. We're working hard for this. This is just a situation, not our destiny."
When you go getting dark in Santa Barbara, who sleep in cars are preparing for another night.
But everyone must agree soon: it is not allowed to stay there after 7 am in the morning.
Some work, others spend their days driving from one place to another.
When the night falls again, they return to the parking lot.
Compared with non-homeless from other countries and even other Americans, they still need luck.
But if the economic crisis gets worse, may appear more of them?

Universidade para o índio

No princípio eles viviam nús. Depois vieram os missionários para cobrir “suas vergonhas”. No caminho das riquezas chegaram os colonizadores abrindo caminhos para a escravidão. Após o combate desigual de bacamartes e canhões contra arcos e flechas, suas terras foram devoradas pelo “homem branco”, até serem confinados em reservas. Usos, costumes, medicina e cultura esvairam-se. Por isso, o índio segue hoje mambembe e maltrapilho rumo ao desconhecido e mais nú do que nunca. Entretanto, a partir do momento que existe a oportunidade de mudar, seja através do estímulo a agricultura ou com a entrada na universidade, suas vidas se transformam completamente. É partir daí que há transformações culturais e econômicas que dão suportes e inspiração para arrumar o passado.
Na Universidade Estadual de Londrina, existe um grupo indígena organizado que espera montar uma biblioteca e uma sala de atendimento especial que cumpra as necessidades básicas de quem sai da aldeia, como por exemplo recursos para alimentação, transporte, moradia e principalmente o bem estar social. Além dos índios, que na maioria são oriundos das aldeias da região não estarem interessados em conquistas pessoais, benefícios próprios, ou no mercado de trabalho, mas sim, pensar em retornar para suas aldeias de garantir o futuro aos jovens.
Leonardo Vargas da Silva, de São Jerônimo da Serra é o exemplo. Casado e pai de dois filhos, fez todo o ensino fundamental na aldeia, porém teve que parar para trabalhar na roça, esta situação é comum pelo fato do índio não ter o costume de ter estudo. Depois, com a oportunidade de reiniciar os estudos, Leonardo fez supletivo do 1º e 2º grau e partiu para o magistério. Porém à vontade de entrar na universidade foi tanta, que iniciou o curso de pedagogia e após um ano, fez um novo vestibular e passou em medicina. Hoje, além de se qualificar como pediatra, uma das especialidades que as aldeias mais precisam, Leonardo se dedica a saúde mental através do combate as drogas, a DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e principalmente no combate a bebida, que é um dos principais males que atinge as populações indígenas. No futuro, ele espera se especializar em geriatria, uma área com poucos profissionais.
Outro indígena que está em sintonia para a preservação dos costumes e das tradições é Marciano Rodrigues, aluno de Ciências Sociais na UEL. Marciano, sempre atento para combater as injustiças e as possíveis questões que aflige e oprime seu povo, diz que a solução para tanta desigualdade pode ser encontrada através da educação e da colocação do índio como um indivíduo igual perante o branco e não como um ser marginalizado, como pensa a elite. Idealizador do projeto de Saúde Mental para a comunidade indígena do Paraná, Marciano está tão empenhado no projeto, que as reuniões, que acontecem as quartas-feiras, conta com a participação da comunidade universitária indígena, membros do SEBEC (Serviço de Bem Estar da Comunidade Universitária) e principalmente, com a presença de representantes da FUNAI (Fundação Nacional do Índio).
Apesar das facilidades que estão sendo criadas para que os indígenas tenham melhoria na qualidade de vida a partir da universidade, a Dra. Magali Cecili Surjus Pereira, afirma que as identidades culturais, sociais e lingüísticas, devem ser preservadas para que não haja enfraquecimento das tradições e contradições nos costumes. Com dois livros publicados pela EDUEL, a Editora da Universidade Estadual de Londrina: “Política de identidade: um estudo de caso com Kaingáng” e “Meninos e Meninas Kaingáng: o processo de socialização”, Magali afirma que os índios, através do convívio nas aldeias, conseguem manter as tradições sociológicas, como a língua, a pintura, o artesanato e as comidas, além das relações internas serem diferentes da sociedade branca, isto porque “a cultura está em ligação direta com o indivíduo”.
Segundo a autora, existem as Teorias da Representação Social e a Teoria Social do Sujeito de George H. Mead. A primeira afirma que o indígena, dentro do ambiente da aldeia, tem uma cultura particular que vai de encontro com seus costumes. Além de a mesma ser comum e individual. Já a Teoria Social do Sujeito de George H. Mead afirma que quando o indígena sai do ambiente e vai para a cidade, sua relação pessoal é perdida, sendo ocupada pela cultura do branco, é a partir deste processo que o índio perde sua cultura e começa a agir conforme o que está ao seu redor, no caso os costumes da cidade.

Técnicas de Pesquisa, Reportagem e Entrevista III
Docente Osmani Costa
Discente Marcelo Souto


University for the Indian

In the beginning they lived naked. Then came the missionaries to cover "their shame." On the way of wealth reached the settlers opening ways for slavery. After the unequal combat of blunderbuss and cannon against bows and arrows, their lands were devoured by the "white man", before being confined to reservations. Customs, medicine and culture jade. Therefore, the Indian follows today mambembe and tattered towards the unknown and more naked than ever. However, from the moment that there is a chance to change, either through the stimulus to agriculture or entering the university, their lives are transformed completely. It is from there that there are economic and cultural changes that support and inspiration to fix the past.
At the State University of Londrina, there is an indigenous group that hopes mount an organized library and a room for special care that meets the basic needs of people leaving the village, such as resources for food, transport, housing and especially the social welfare. Besides the Indians, who mostly come from villages in the region are not interested in personal achievements, benefits themselves, or in the labor market, but think of returning to their villages to ensure the future for young people.
Leonardo Vargas da Silva, Saint Jerome from Sierra is an example. Married and father of two children, did all the elementary school in the village, but had to stop working for the countryside, this situation is common because the Indians do not have the habit of taking study. Then, with the opportunity to restart the studies, Leonardo made a supplement to 1st and 2nd grade and left for teaching. But the desire to enter the university was so, who started the course in teaching and after a year, has a new college entrance and went into medicine. Today, in addition to qualify as a pediatrician, one of the specialties that the villages most in need, Leonardo is dedicated to mental health by combating the drugs, the STD (Sexually Transmitted Diseases) and especially in combating drink, which is one of the major ills that affects indigenous peoples. In the future, he hopes to specialize in geriatrics, an area with few professionals.
Another native who is in line for the preservation of customs and traditions is Marciano Rodrigues, a student of Psychology at UEL. Marciano, always alert to fight the injustices and possible questions that beleaguered and oppressing its people, says the solution to so much inequality can be found through education and placement of the Indian as an individual equal to the white and not be sidelined as a , As does the elite. Creator of the draft Mental Health for the indigenous community of Parana, Marciano is so committed to the project, that the meetings, which take place on Wednesdays, will see the participation of indigenous university community, members of Sebec Service (Wellness Community University) and especially with the presence of representatives of FUNAI (the National Indian Foundation).
Despite the facilities that are being created so that the Indians have improved the quality of life from the university, Dr. Cecilia Magali Surjus Pereira, says that the cultural, social and linguistic, should be preserved to prevent any weakening of traditions and contradictions in customs. With two books published by Eduel, the Publisher of the Londrina State University: "Politics of identity: a case study with Kaingáng" and "Boys and Girls Kaingáng: the process of socialization," Magali says that the Indians through the meeting in villages, to maintain the traditions sociological, such as language, painting, crafts and food, in addition to the internal relations are different from white society, because "the culture is in direct connection with the individual."
According to the author, there are the Theories of Social Representation and Social Theory of the Subject of George H. Mead. The first states that the indigenous within the environment of the village, has a particular culture that contradicts the findings of their customs. In addition to it being common and individual. Already the subject of Social Theory of George H. Mead says that when the Indians come out of the environment and goes to the city, their personal relationship is lost, being occupied by the white culture, it is from this process as the Indians lost their culture and begins to act according to what is around you , Where the customs of the city.

Technical Research, Report and Interview III
Teacher Osmani Coast
Discente Marcelo Souto

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Os artistas do controle

A inteligência irracional é a capacidade de adaptação de um ser vivo às circunstâncias de seu meio é conhecido por inteligência artificial e é aplicado às máquinas em nível de hardware. A inteligência artificial abarca mais do que a inteligência da máquina, como se ela pretendesse capacitar o computador a um comportamento inteligente, em atividades que somente um ser humano seria capaz de efetuar, principalmente aquelas que envolvem tarefas de raciocínio, como o planejamento, a estratégia e a percepção.
Em Emergência, de Steven Johnson, o autor cita o caso de “StarLogo”, uma espécie de ambiente virtual de modelagem onde crianças podem construir modelos para certos fenômenos observados no mundo real, sendo seus componentes familiares para interações locais. Além de ser um tipo de prótese do pensamento, uma ferramenta que leva a mente a se enrolar em volta dum conceito que ela não está naturalmente equipada para compreender. Outro sistema é o Hillis, que funciona como um organismo que cria espaço onde programas inteligentes crescem e se adaptam, exercendo as capacidades de todos os programadores de carne e osso.
É justo dizer que a mídia digital, desde a sua origem luta contra questões de controle que acarreta mudanças, que podem estar ligadas ao design interativo que exprime sobre quem está no controle, no caso o homem ou a máquina? De certa forma o homem está preparado para esse novo ambiente. Entretanto as formas interativas de desafiar o controle são várias, como o programa Tap, Type, White e o código OSS, que são deslocamentos virtuais na tela que pode confundir o usuário. Porém, no caso dos programas começarem a seguir regras próprias ou não seguir as regras, o sistema pararia de funcionar, não haveria inteligência global, mas sim agentes isolados sem nenhuma lógica.
Portanto, a evolução está tão presente, que a interatividade de programas nos mostra que o futuro onde as máquinas pensam já chegou, porém a época mostra que os homens são em excelência os artistas do controle.

Novas Tecnologias em Comunicação
Docente Regiane Ribeiro
Discente Marcelo Souto

The artists of control

The irrational intelligence is the ability to adapt to a living being to the circumstances of their environment is known as artificial intelligence and is applied to machinery at the hardware level. The artificial intelligence encompasses more than the intelligence of the machine, as if she wanted to train the computer to an intelligent behavior in activities that only a human being would be capable of performing, especially those involving tasks of reasoning, such as planning, strategy and perception.
In Emergency, from Steven Johnson, the author cites the case of "StarLogo", a kind of virtual modeling environment where children can build models for certain phenomena observed in the real world, and its components familiar to local interactions. Besides being a type of prosthesis of thought, a tool that takes the mind to curl around a concept that she is not naturally equipped to understand. Another system is the Hillis, who works as an agency that creates space where programs grow smart and fit, exercising the capabilities of all developers of the flesh.
It is fair to say that the digital media, since its origin fighting for control issues that involve changes, which may be linked to interactive design that expresses who is in control, in case the man or the machine? In a way the man is ready for this new environment. Meanwhile the interactive forms of control are more challenging, as the program Tap, Type, White and the code OSS, which are virtual displacements on the screen that can confuse the user. However, if the programs begin to follow its own rules or do not follow the rules, the system to stop working, there would be no overall intelligence, but without any logical operators isolates.
So the trend is so present, that the interactivity of programs in the future that shows where the hosts think has arrived, but the season shows that men are the artists of excellence in control.

New Technologies in Communication
Teacher Regiane Ribeiro
Discente Marcelo Souto

By Alexandre friend, who always accompanies the blog Worker for Writters.

Thanks to strength!

Extração de argila foi o principal desastre ecológico de Jataizinho

Extração de argila foi o principal desastre ecológico de Jataizinho

Frei Timóteo, um padre jesuíta que veio ao Paraná para fazer aldeamento indígena, foi quem plantou o primeiro pé de café do Norte do Estado. A partir deste momento se inicia a exploração da terra. Por volta de 1867 a Colônia contava com 30 casas, um olaria, fornos para fabricar tijolos e dois engenhos para moer cana. Era cultivado milho, feijão, cana de açúcar, mandioca, café e algodão. Porém no ano de 1871, após a discriminada desmatação, Jatay, como era chamada à cidade na época, sofre sua primeira geada, prejudicando várias plantações. O relatório de Frei Timóteo, sobre o clima, diz o seguinte: “O lugar que outrora era uma fornalha de calor, já mudou de clima, porque nimiamente foi descampado. Já tivemos esse ano, e no ano passado, geadas bem fortes e prejudiciais, que alias, gerou grandes prejuízos a mais Províncias”.
A maior parte das matas naturais de Jataizinho foi derrubada e no lugar delas estão as propriedades agropecuárias e agrícolas. Atualmente a cidade, tem nove mil hectares de pastagens, oito mil hectares de lavouras (soja, milho, trigo, etc), cento e vinte hectares de reflorestamento com madeira energética (eucalipto) e cinqüenta hectares de matas nativas. Segundo João Amaral, técnico agrícola da EMATER, Empresa Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural, o desmatamento na cidade parou na década de 80, devido à conscientização do produtor e a punições impostas pelo Estado. Porém a área de matas era bem maior. Jataizinho conta com uma área total de 222 km², a 346 metros acima do nível do mar, composta por florestas tropicais sub – perenifólia e com uma cobertura de matas de 6%, (muito abaixo do 20 % exigido por lei). Localizada no terceiro planalto, a cidade é formada por uma sucessão de derrames basálticos empilhados uns sobre os outros. A erosão abriu no solo uma topografia escalonada sem pantanais. O mesmo tem a formação de laterístico plano ondulado, formado na rocha mater, comumente chamado de “Terra Roxa”. O solo apresenta duas qualidades: Terra Roxa Estruturada Eutrófica, com moderada textura argilosa; Latossolo Roxo Eutrófico, que apresenta textura argilosa com relevo ondulado e plano na parte baixa. O clima é composto por chuvas que ocorrem principalmente no verão, sendo nítida a existência de uma estação seca. A presença do inverno é nitidamente sentida, devido ao frio e as constantes geadas.
Segundo pesquisas sobre a edificação de Londrina, nos últimos 30 anos o crescimento vertical foi muito grande, ou seja, a quantidade de prédios cresceu muito. Todo o material utilizado, como argila e madeira foram extraídas da região. A conseqüência foi à devastação e o desastre ambiental.
Segundo Érica Mantovani Martins, estudante de Geografia da Universidade Estadual de Londrina, no passado existia 67 olarias na cidade: “Esses locais eram conhecidos como barreiros, espécies de poços subterrâneos de argila. Ainda é possível encontrar barreiros na cidade”.
Porém a estagnação diminuiu o número de cerâmicas. Atualmente existem cinco em Jataizinho. Os ceramistas já tiveram várias complicações junto ao IAP (Instituto Ambiental do Paraná), que tenta controlar a retirada do barro há dois anos. Numa fiscalização, decidiram que deve haver licença para as cerâmicas não fecharem. Uma associação tenta legalizar a extração do barro, além da procura por outro ponto de exploração. A cidade também busca alternativas. Existem projetos que visam a recuperação do barreiro, a criação de um parque e de um museu da cerâmica.
João Amaral lembra que a conscientização do produtor rural em relação ao meio ambiente está maior. Com muitos projetos de reflorestamento e educação ambiental, vários agricultores estão abandonando plantações que necessitam arar a terra, se utilizando agora, do plantio na palha. Esta forma utiliza menos agrotóxicos, além de evitar o assoreamento dos rios e a contaminação.
Muitos moradores das margens do rio, estão conscientes, plantando árvores nativas e deixando a vegetação crescer livremente. Segundo a EMATER, deve existir uma área de 30 metros de mata ciliar nas margens do rio. Ele ainda prevê o reflorestamento de 4 km², que vai da ponte de Jataizinho até Rancho Alegre. Porém está falta de vegetação nas margens dos rios pode gerar catástrofes.
Chuvas em Jataizinho, é algo que preocupa muito os moradores, pois são elas as responsáveis pelo aumento do nível do Tibagi. No inicio de 1997, centenas de pessoas ficaram desabrigadas devido a uma enchente que transbordou o rio em 15 metros. Na época, equipes do Corpo de Bombeiros de Londrina, Ibiporã e vários voluntários trabalharam no resgate das vitimas. Os desabrigados ultrapassaram o número de 300 pessoas. O Conjunto Costa e Silva, teve 80% de suas casas cobertas pela água. A linha férrea, quase foi encoberta pelas águas
Já em relação a problemas ambientais que venham a ser gerados por esgoto que venha a ser despejado no Tibagi, a cidade está despreocupada. Contando com sistema de esgoto, que compreende a coleta e tratamento de esgoto doméstico, a cobertura é de 90% da malha urbana, onde 100% do que é coletado é tratado em duas lagoas anaeróbicas e uma facultativa. Segundo a SAAE. Serviço Autônomo de Abastecimento e Esgoto, toda a água tratada que é despejada no rio tem um controle de qualidade, sendo este de excelente qualidade. O lixo domiciliar é recolhido de 2ª a 6ª feira em toda cidade. Todos os resíduos sólidos são transportados para o aterro sanitário municipal, sendo enterrados em trincheira com dreno para a coleta do chorume, que posteriormente é canalizado para um poço, aspergido quando enche.


Extraction of clay was the main ecological disaster of Jataizinho

Brother Timothy, a Jesuit priest who came to the village to do Parana native, who was first planted the foot of coffee in the North State. From this moment begins the exploitation of the earth. Around 1867 the colony had 30 houses, a pottery, kilns to produce bricks and two mills to grind cane. It was cultivated corn, beans, sugar cane, cassava, coffee and cotton. But in the year of 1871, after the breakdown deforestation, Jatay, as it was called the city at the time, suffering its first frost, damaging several plantations. The report of Brother Timothy, on the climate, says: "The place that once was a furnace heat because of climate change, because officer was Descampe. We have had this year and last year, frost and strong and harmful, that alias, has generated a great deal of damage to most provinces. "
Most of natural woods Jataizinho was dropped and place them are the rural and agricultural properties. Currently the city, has nine thousand hectares of pastures, eight thousand hectares of crops (soybeans, corn, wheat, etc), hundred and twenty hectares of reforestation with wood energy (eucalyptus) and fifty hectares of native forests. According Joao Amaral, agricultural technician EMATER, Empresa Paranaense Technical Assistance and Rural Extension, the deforestation in the city stopped in the 80s, due to awareness of the producer and punishments imposed by the state. But the area of forests was much higher. Jataizinho has a total area of 222 square kilometers, to 346 meters above sea level, made up of sub tropical forests - perenifólia and with a forest coverage of the 6% (well below the 20% required by law). Located on the third plateau, the city is formed by a succession of basaltic spills stacked one upon another. The soil erosion opened in a staggered topography without swamp. The same is the formation of wavy laterístico plan, formed in the rock mater, commonly called "Earth Purple." The ground has two qualities: Earth Purple Eutrophic structured, with moderate clay; Latosol Eutrophic Purple, which presents clay with relief and wavy in the lower level. The climate is composed of rains that occur mainly in summer and is clear that there is a dry season. The presence of winter is much felt, because of the constant cold and frost.
According to research on the construction of Londrina, in the last 30 years the vertical growth was very strong, that is, the amount of buildings has grown a lot. All the material used, such as clay and wood were extracted from the region. The result was the devastation and environmental disaster.
According to Mantovani Jennifer Martins, a student of geography at the State University of Londrina in the past 67 olarias existed in the city: "These places were known as clay, species of subterranean wells of clay. You can still find clay in the city. "
But the stagnation reduced the number of tiles. Currently there are five in Jataizinho. The potters have already had several complications with the IAP (Environmental Institute of Parana), which tries to monitor the withdrawal of clay two years ago. In a review, decided that there should be no license for the ceramic close. An association attempts to legalize the extraction of clay, in addition to looking for another point of exploitation. The city also seeking alternatives. There are projects aimed at restoring the Jhelum, the creation of a park and a museum of ceramics.
John Amaral recalls that the awareness of rural producers in relation to the environment is biggest. With many projects in reforestation and environmental education, many farmers are abandoning crops that need plowing the land, is using now, from planting in straw. This form uses fewer pesticides, and prevent the silting of rivers and contamination.
Many residents of the river, are aware, planting native trees and leaving the vegetation grow freely. According to EMATER there should be an area of 30 meters of riparian vegetation on the banks of the river. It also provides for the reforestation of 4 square kilometers, going from the bridge until Jataizinho Rancho Alegre. But is lack of vegetation on the banks of rivers can generate disasters.
Heavy rains in Jataizinho, is something that worries the residents too, because they are responsible for increasing the level of Tibagi. At the beginning of 1997, hundreds of people were displaced due to a flood that transhipment in the river 15 meters. At the time, teams of the Fire Department of Londrina, and various Heathridge volunteers worked in the rescue of victims. The homeless exceeded the number of 300 people. The Joint Costa e Silva, took 80% of their homes covered by water. The railway line, was almost hidden by the waters
Already in relation to environmental problems that may be generated by sewage that will be dumped in Tibagi, the city is care. With drainage system, which includes the collection and treatment of domestic sewage, the coverage is 90% of the urban area, where 100% of what is collected is treated in two anaerobic lagoons and an optional. According to SAAE. Autonomous Service of Supply and Sewage, all the treated water that is poured into the river has a quality control, which is of excellent quality. The household garbage is collected from 2nd to 6th fair across town. All solid wastes are transported to the municipal landfill and is buried in trench to drain for the collection of manure, which is then channeled into a well, when sprayed fills.

sábado, 27 de setembro de 2008

A Infra Estrutura Técnica do Virtual

A emergência do Ciberespaço

Os primeiros computadores surgiram na Inglaterra e nos Estados Unidos em 1945, eram máquinas de calcular, que cientistas alimentavam com cartões perfurados e que cuspiam listagens ilegíveis. A virada tecnológica foi nos anos 70, com o desenvolvimento de processos econômicos. Na Califórnia novas possibilidades técnicas proporcionaram a invenção do computador pessoal. Os anos 80 viram o prenúncio da multimídia. A informação perdeu o status de tecnologia industrial para fundir-se as comunicações. Nos anos 90, um movimento sócio-cultural tomou dimensão mundial, onde as redes de computadores se juntaram. Uma corrente cultural impôs desenvolvimento tecno-econômico. As tecnologias digitais surgiram como infra-estrutura do ciberespaço e novo espaço de comunicação.

O Tratamento

A informática reúne técnicas que digitalizam a informação e a coloca a disposição do usuário. Os processadores efetuam cálculos sobre dados, o executam em grande velocidade de forma extremamente repetitiva operações simples sobre informações codificadas digitalmente. Os processos tornam-se menores, potentes, confiáveis e baratos. Gordon Moore prevê que a cada dezoito meses, a evolução técnica permite dobrar a densidade dos microprocessadores, linearmente em velocidade e potência de calculo.

A memória

A memória evolui sempre em direção a maior capacidade de armazenamento. De 10 mega em 1983 para 10 giga em 1993. A tecnologias de memória usa matérias e processos variados. Futuras descobertas levarão a progressos hoje inimagináveis.

A transmissão

A transmissão de informações digitais é feita por vias imagináveis. A conexão direta em rede ou on-line é mais rápida. As informações podem variar em forma digital, através de cabos coaxiais de cobre, por fibras óticas ou por via hertziana. Os progressos da função de transmissão dependem de diversos fatores. O primeiro é a capacidade de transmissão bruta. O segundo é a capacidade de compressão e de descompressão das mensagens e o terceiro reside nos avanços de arquitetura global de sistemas. Nos anos 70, a rede Arpanet, dos Estados Unidos, possuia nós que suportavam 56 mil bits por segundo. Nos anos 80, as linhas da rede podiam transportar 1,5 milhões de bits por segundo. Em 1992, as linhas podiam transmitir 45 milhões de bits por segundo. Projetos e pesquisas em desenvolvimento prevêem a construção de linhas com a capacidade de centenas de milhares de bits por segundo.

As interfaces

Interfaces são aparatos materiais que permitem a interação entre o universo da informação digital e o mundo ordinário. Os dispositivos de entrada capturam e digitalizam a informação para os processamentos computacionais. O espectro de ações corporais de qualidade físicas podem ser diretamente captadas por dispositivos computacionais: teclados que permitem a entrada de textos e o fornecimento de instruções aos computadores, mouse por meio do qual é possível manipular “com a mão” as informações na tela, superfícies sensíveis a pressão dos dedos, digitalizadores automáticos de som, módulos de software.
Após armazenados, os modelos abstratos são tornados visíveis. A qualidade dos suportes de exibição e de saída da informação é determinante aos usuários dos sistemas de computadores. A evolução das interfaces de saída deu-se da melhoria da definição da informação. Em termos de interfaces, há duas linhas paralelas de pesquisa e desenvolvimento em andamento. A primeira é a “realidade virtual”. Outra pesquisa é a “realidade ampliada”, onde o ambiente físico natural é coalhado de sensores, câmeras, projetores de vídeo, módulos inteligentes, que estão interconectados a nosso serviço.
A diversificação das interfaces, combinadas com os progressos da digitalização, convergem para extensão e a multiplicação dos pontos de entrada no ciberespaço.

A programação

O software é uma lista organizada de instruções codificadas, destinadas a fazer com que os processadores executem uma tarefa. Através dos circuitos que comandam os programas e interpretam dados, agem sobre informações, transformam outros programas, fazem funcionar computadores e redes, Hoje existem as linguagens de “quarta geração”, que permitem a criação de programadas por meio do desenho de esquemas e manipulação de ícones na tela.

Os programas

Aplicativos permitem ao computador prestar serviços específicos aos usuários. Alguns programas calculam o pagamento dos empregados, outros emitem faturas, permitem detectar a origem de panes ou dar conselhos. Os aplicativos são abertos a personalização evolutiva das funções. Os sistemas operacionais são programas que gerenciam recursos dos computadores e organizam a mediação entre o hardware e software aplicativo.

Do Computador ao Ciberespaço

A tendência geral é o estabelecimento de espaços virtuais independentes de suportes, isso é a despolarização da máquina. A informática está desconstruindo o computador em beneficio da comunicação navegável e transparente, centrada na informação. Um computador é uma montagem particular de unidades de processamento e transmissão. Computadores de diferentes podem ser montados a partir de componentes idênticos, e computadores da mesma marca contém peças de origens diferentes. O hardware podem ser montados e encontrado em lugares que não são os computadores propriamente ditos. O computador não é um centro e sim um nó, um componente da rede universal. Suas funções pulverizadas infiltram elementos do tecno-cosmos.

Novas Tecnologias em Comunicação – Comunicação Social/Jornalismo
Prof. Regiane Ribeiro
Aluno Marcelo Souto


The Technique of Virtual Infrastructure: The emergence of Cyberspace

The first computers appeared in England and the United States in 1945, were calculating machines, which scientists fed with punch cards and spit listings unreadable. The technology has been facing in the 70s, with the development of economic processes. In California new technical possibilities provided the invention of the personal computer. The'80s saw the harbinger of multimedia. The information lost its status of industrial technology to combine the communications. In the'90s, a socio-cultural movement has taken a global dimension, where computer networks joined. A current cultural imposed techno-economic development. Digital technologies have emerged as infrastructure of cyberspace and new space for communication.

The Treatment

The computer combines techniques that scan the information and puts the user's disposal. The processors make calculations on data, the high-speed run in a way very simple repetitive operations on digitally encoded information. The files become smaller, powerful, reliable and inexpensive. Gordon Moore states that every eighteen months, the evolution technique allows double the density of microprocessors, linearly in speed and computing power.

The memory

The memory always moves toward greater storage capacity. From 10 mega gig in 1983 to 10 in 1993. The memory technology uses materials and processes varied. Further discoveries will lead to progress unimaginable today.

The transmission

The transmission of digital information is carried by water imaginable. The direct connection to network or online is faster. The information may vary in digital form, through coaxial copper cables, optical fiber by either via terrestrial. The progress of the function of transmission depend on several factors. The first is the ability to transfer crude. The second is the ability of compression and decompression of the messages and the third is the progress of overall systems architecture. In the 70s, networking Arpanet, the United States, that we had endured 56 thousand bits per second. In the'80s, the lines of the network could carry 1.5 million bits per second. In 1992, the lines could transmit 45 million bits per second. Research and development projects in providing for the construction of lines with a capacity of hundreds of thousands of bits per second.

The interfaces

Material interfaces are devices that allow the interaction among the universe of digital information and the ordinary world. The input devices capture and digitize the information for the computer processing. The spectrum of options for quality physical body can be directly captured by computational devices: keyboards that allow the entry of text and providing instructions to computers, mouse, through which you can manipulate "the hand" information on the screen, sensitive areas the pressure of the fingers, automatic scanners, sound modules of software.
Once stored, the abstract models are made visible. The quality of media display and output of information is critical to users of computer systems. The evolution of interfaces output has been improving the definition of information. In terms of interfaces, there are two parallel lines of research and development in progress. The first is the "virtual reality". Another survey is the "extended reality", where the natural physical environment is curdled of sensors, cameras, video projectors, intelligent modules, which are interconnected to our service.
The diversification of interfaces, combined with the progress of digitalization, converge to extension and multiplication of points of entry in cyberspace.

The programming

The software is an organized list of coded instructions, aimed at getting the processors perform a task. Through the circuits that command the programs and interpret data, acting on information, transform other programs, run computers and networks, today there are the languages of "fourth generation", which allow the creation of programmed through the design of schemes and manipulation of icons on the screen.

Programs

Applications would allow the computer to provide specific services to users. Some programs calculate the payment of employees, others make invoices, can detect the origin of breads or give advice. Applications are open to customization of evolutionary functions. The operating systems are programs that manage resources of computers and organize the mediation between the hardware and application software.

Computer to Cyberspace

The general trend is the establishment of virtual spaces for independent media, this is the depolarization of the machine. Information technology is deconstructing the computer for the benefit of the waterway and transparent communication, focusing on information. A computer is an assembly of particular units of processing and transmission. Computers can be assembled from different from identical components, and computers of the same brand contains pieces of different origins. The hardware can be assembled and found in places that are not the computers themselves. The computer is not a center but a node, a component of the network provider. Its functions sprayed infiltrate elements of the techno-cosmos.

New Technologies in Communication - Media / Journalism
Prof. Regiane Ribeiro
Student Marcelo Souto

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Review: Blame it on press - Yves Mamou

Essay on the fabrication of information

Writing in France in 1991 and with a Brazilian version in 1992, the book "The fault lies with the press" by Yves Mamou has nine shares beginning with the Prologue "The information can be decoded" and the following chapters: Society blocked, in society crisis; Information, letter in the game of the crisis, the crisis is organized resistance; The power of information; The journalism to the risk of crisis; The disinformation, manipulation supreme; The Gulf, a crisis of conscience. Mamou closes with the Conclusion: The journalism in search of a statute.
"It's the press" comes the manipulation of information in the order of the source for the journalist, who subsequently published in the newspapers. Yves Mamou says that the occupation of the press becomes the victim of sources that transmit the information incomplete, false or distorted. The goal is to use the communication or the press, to modify the naturalness of the facts and change the order of events. The problem is located at the source, due to be planted in the news information collected by the journalist. It is up to the same inquiry, investigation and verification of the facts so that the credibility is not lost.
Political and traders to use disinformation as "letter" in the game of power, causing discredit the cost of deception, lies and ulterior motives. Acting in bad faith, believe the information be unfair only in the hands of the press. It is extremely valuable that a manipulation can be used as a weapon in totalitarian regimes to destabilize governments and slander.
The media play a different role in society. The TV creates a social bond with the public because of the variety and fun. Many viewers have the TV as companion and a vehicle of confidence that conveys the impression of being democratic means to achieve different social.
In the design of Mamou, the press is an extension of the information society and badly exploited can cause damage, and the quality of journalism evaluated by hearing from the public receiver.

"The leaked information may change the course of negotiations or agreements, such as the retention of savings at the time of Collor."

Therefore, Mamou reinforces the idea that journalism can be the representation of the fourth power and that information is a tool that adds strength and persuasion, but if used with other intentions can harm.

Blame it on press - Essay on the fabrication of information, Yves Mamou. Zero Ed. March - 1992 - 207 pages
Work done at State University of Londrina, in the discipline of reporting techniques, Search and Interview III
Professor Osmani Coast
Student Marcelo Souto

Resenha: A culpa é da imprensa – Yves Mamou

Ensaio sobre a fabricação da informação

Escrito na França em 1991 e com uma versão brasileira em 1992, o livro “A culpa é da imprensa”, de Yves Mamou tem nove partes com início no Prólogo "A informação pode ser decodificada" e os seguintes cápítulos: Sociedade bloqueada, sociedade em crise; A informação, carta no jogo da crise; A resistência à crise se organiza; O poder da informação; O jornalismo ao risco da crise; A desinformação, manipulação suprema; O Golfo, uma crise de consciência. Mamou encerra com a Conclusão: O jornalismo em busca de um estatuto.
“A culpa é da imprensa” trata a manipulação da informação pela ordem da fonte para o jornalista, que posteriormente a publica nos jornais. Yves Mamou afirma que o profissional da imprensa torna-se vítima de fontes que transmitem a informação incompleta, distorcida ou falsa. O objetivo é utilizar a comunicação ou a imprensa, para modificar a naturalidade dos fatos e alterar a ordem dos acontecimentos. O problema está localizado na fonte, devido a informação ser plantada na notícia colhida pela jornalista. Cabe ao mesmo a averiguação, apuração e comprovação dos fatos para que não seja perdida a credibilidade.
Políticos e comerciantes utilizam a desinformação como “carta” no jogo do poder, causando descrédito a custo do engano, mentiras e segundas intenções. Agindo de má-fé, acham injusto a informação ficar somente na mão da imprensa. É de extrema valia citar que a manipulação pode ser utilizada como arma em regimes totalitários para desestabilizar governos e difamar.
Os meios de comunicação desempenham um diferente papel na sociedade. A televisão cria um laço social com o público devido à variedade e a diversão. Muitos telespectadores têm a TV como companheira e um veiculo de confiança que transmite a impressão de ser democrática por atingir diferentes meios sociais.
Na concepção de Mamou, a imprensa é uma extensão da sociedade e a informação mal explorada pode causar prejuízos, sendo a qualidade do jornalismo avaliada pela audiência junto ao público receptor.

"A informação vazada pode mudar o rumo de negociações ou acordos, como no caso da retenção da poupança na época do Collor."

Portanto, Mamou reforça a idéia de que o jornalismo pode ser a representação do Quarto Poder e que a informação é um instrumento que agrega força e persuasão, mas, se usada com outras intenções pode prejudicar.

A culpa é da imprensa – Ensaio sobre a fabricação da informação, de Mamou Yves. Ed. Marco Zero – 1992 – 207 páginas
Trabalho realizado na Universidade Estadual de Londrina, na disciplina de Técnicas de Reportagem, Pesquisa e Entrevista III
Professor Osmani Costa
Aluno Marcelo Souto

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Capitalism as religion - By MICHAEL LÖWY

Among the unpublished papers of Walter Benjamin [1892-1940] published in 1985 by Ralph TIEDEMANN and Hermann Schweppenhäuser in volume 6 of "Gesammelte Schriften" (Suhrkamp Verlag), there is a particularly obscure, but that seems a surprising today: "Capitalism as religion. " There are three or four pages containing notes and bibliographic references; dense, paradoxical, sometimes impenetrable, the text does not leave easily decipher. How was not intended for publication, the author had no need to make it readable and understandable ... The comments below are part of an attempt interpretation, based more on assumptions than on certainties, and leaving aside certain "areas of shadow."

The text of Benjamin is, with all evidence, inspired by "The Protestant Ethics and the Spirit of Capitalism" (Cia das Letras, 2004), by Max Weber [1864-1920]. However, as we shall see, the argument goes far beyond the Benjamin Weber and, especially, their approach replaces "axiological neutral" (Wertfrei) for a scathing indictment anticapitalista.

"We need to see capitalism in a religion." With this categorical assertion begins the fragment. The following is a reference, but also a distancing on Weber: "Being a religious structure of capitalism-that is, demonstrate that it is not only a training conditioned by religion, as does Weber, but an essentially religious phenomenon would lead us today by the vagaries of a controversy universal unreasonable. "

Benjamin continues: "We can now we already recognize this time in three dashes of religious structure of capitalism." Benjamin Weber does not cite more, but in fact the three points are sustained by ideas and arguments of the sociologist, giving them a new range, infinitely more critical, more radical, socially and politically, but also from a philosophical (theological?) - And perfectly antagonistic to the Weberian thesis of secularization.

The cult: "First, capitalism is a religion purely Culture, perhaps the most highly Culture that already existed. Nothing in it has meaning not in immediate relationship with the cult, he has no specific dogma or theology. The utilitarianism wins from this point of view , Its religious color. "

Therefore, the utilitarian practice of capitalism-investment of capital, speculation, financial transactions, stock moves, buying and selling of goods-are equivalent to a religious cult. Capitalism does not require adherence to a belief, a doctrine or a "theology", what counts are actions, which represent, on its social dynamics, worship practices. Benjamin, a little contradicting its argument on the Reformation and Christianity, compares this religion to paganism original capitalist, he also "immediately practical" and without worries "transcendental".

But what allows these practices resemble capitalist economy to a "cult"? Benjamin does not explain, but uses a few lines later, the term "worshiper", so we can consider that the capitalist worship includes certain deities that are the object of worship. For example: "Comparison between the images of saints of different religions and the notes of money from various countries." The money, in the form of banknotes, would be the object of a cult similar to that of the saints of religions "common".

However, the paper-money is only a manifestation of a deity in the most fundamental capitalist system Culture: the "money", the god Mammon, or, as Benjamin, "Pluto ... god of wealth." In the literature of the fragment is referred to a passage virulent against the religious power of money: it is in the book "Aufruf zum Sozialismus," the German-Jewish thinker anarchist Gustav Landauer, published in 1919, shortly before the assassination of its author by military counter-revolutionaries . On page note indicated by the literature of Benjamin, Landauer writes:

"Fritz Mauthner (" Wörterbuch der Philosophie ") shows that the word" God "(Gott) is originally identical to" idol "(Götz), and both mean" the cast "[or" the drained '] (Gegossene ). God is an artifact made by humans, who earns a living, attracts them to the lives of humans and finally becomes more powerful than humanity. The only drained (Gegossene), the only idol (Götz), the only God (Gott) that human life is given the money (Geld). The money is artificial and is alive, the money produces money and more money, the money has all the power in the world. Who does not see, who still does not see that the money, that God is not anything other than a spirit come from humans, a spirit that has become a thing (Ding) alive, a monster (Unding), and he is the sense (Sinn) who became insane (Unsinn) from our life? The money does not create wealth, it is the wealth, it is the wealth in itself, there is another rich beyond money. "

It is true that we can not know to what extent Benjamin shared the reasoning of Landauer, but we as a hypothesis, consider this excerpt, mentioned in the bibliography, as an example of what he meant by "worship practices" of capitalism.

Without truce: The second characteristic of capitalism "is closely linked to that concretion of worship: the duration of worship is permanent." "Capitalism is the conclusion of a worship" without exceptions and without mercy. "There is no" common day ", any day other than a party, the terrible sense of the use of sacred pomp, the extreme tension that inhabits the worshiper."

Without rest, without truce and without mercy: the idea is taken up by Benjamin Weber, almost literally, not without irony, incidentally, evoking the character of the ongoing "day of celebration": indeed, the capitalist puritanos abolished the majority of Catholics holidays , As an incentive for leisure. Therefore, religion capitalist, every day sees the mobilization of the "sacred pomp", ie the rituals on the stock exchange or in the factory, while the worshipers below, with anguish and an "extreme tension", the rise or fall in the prices of actions.

The capitalist practices know no pause, they dominate the lives of individuals from morning to night, from spring to winter, from cradle to grave. As Burkhardt says Lindner, the fragment lends to him the concept of capitalism as a dynamic system, on global expansion, impossible to hold and to which we can not escape.

Finally, the third characteristic of capitalism as religion is blamed his character: "Capitalism is probably the first example of a cult that is not atoning (entsühnenden), but blamed". Benjamin continues its indictment against the capitalist religion: "Surely, the religious system is precipitated in an unnatural motion. Grotesquely A guilty conscience that does not know if ransom apodera of worship, not in order to expiate that guilt, but to make it universal, so make it come to power in the consciousness and finally and most importantly, to involve God in guilt, so that the end of the day itself has an interest in atonement. "

Benjamin evokes, in this context, what he calls the "ambiguity of the word SCHULD" - that is, while "debt" and "guilt". According Burkhard Lindner, the historical perspective of the piece is based on the premise that we can not separate in the capitalist system of religion, the "guilt mythical" economic debt.

We found in Max Weber two similar reasoning, who also played with the two senses of "duty" to the bourgeois puritan, "which aims to give" personal "is" stolen "from the service to the glory of God, we become so at the same time guilty and "indebted" in relation to God. "The idea that the man has" duty "to the possessions it has been given and to whom he is subordinate as a manager devoted (...) weighs about his life with all its weight frosty. The more the increase possessions , Heavier becomes the feeling of responsibility (...) which forces, for the glory of God (...), the increasing them by a working tirelessly. " The words of Benjamin "to get the blame in the consciousness of force" corresponds well to the practice puritanical / capitalist analyzed by Weber.

Magnitude: But it seems that the argument of Benjamin is broader: it is not only the capitalist who is guilty and "debt" with its capital-to blame is universal. Thus, God himself is involved in that general fault: if the poor are guilty and disqualified from grace, and if, in capitalism, they are condemned to social exclusion is because "it is the will of God" or, what is your equivalent capitalist religion, the desire of markets.

Of course, if we consider the point of view of the poor and indebted, it is God who is to blame, and with it the capitalism. In any case, God is inextricably linked to the process of blaming universal.

So far we have seen and the starting point of Weberian fragment in his analysis of modern capitalism as a religion originated from a transformation of Calvinism, but there is a passage in which Benjamin seems to assign a size transhistórica that capitalism is no longer that of Weber-and Neither of Marx: "Capitalism has developed in the West as a parasite of Christianity, it must demonstrate not only the purpose of Calvinism, but also of other currents of Orthodox Christianity, in such a fate as the end of the day the history of Christianity is essentially that of its parasite, capitalism. "

The outcome of the case "monstrous" by blaming capitalist is a generalization of "despair": "He is linked to the essence of this religious movement, which is the capitalism-to persevere to the end, until the complete end of blaming God, to a state the world struck by a despair that even "hope" that is fair. What capitalism has historically unheard of is that religion is not more reform, but the ruin of being. The despair extends to the state's religious world of which should expect to salvation. "

We are not far away, here in the last pages of the "Protestant Ethics", in which Weber notes, with a resigned fatalism, that the modern capitalism "states, with an irresistible force, the lifestyle of all individuals born in this mechanism, and not just those that directly concerns the acquisition cost. "

He compares this sort of coercion to a prison in which the rational system of production of goods terminating individuals: "According to the views of Baxter, the concern for foreign goods should not weigh on the shoulders of his saints but as" a light that had any time you can withdraw. "But the inevitability mantle that turned into a steel cage."

Benjamin Weber of the find ourselves in the same semantic field, which describes the ruthless logic of the capitalist system. But why he is a producer of despair?

As the "guilt" of mankind, its debt to the capital, perpetual and growing, no hope of atonement is permitted. The capitalist must constantly improve and enlarge its capital, under threat of disappearing before their competitors, and the poor must borrow money to pay its debts.

According to the religion of the capital, the only salvation lies in the intensification of the system, the capitalist expansion, the accumulation of goods, but that only makes a aggravate despair. That is what seems to suggest Benjamin with the formula that makes a state of despair religious of the world "to which we should expect to salvation."

This text is an edited version of the conference by Michael Löwy at USP on September 29. Translation of Luiz Roberto Mendes Gonçalves e published in Folha de Sao Paulo, More Book, Sunday, Sept. 18, 2005

O capitalismo como religião - MICHAEL LÖWY

Entre os documentos inéditos de Walter Benjamin [1892-1940] publicados em 1985 por Ralph Tiedemann e Hermann Schweppenhäuser no volume 6 de "Gesammelte Schriften" (Suhrkamp Verlag), há um particularmente obscuro, mas que parece de uma atualidade surpreendente: "O capitalismo como religião". São três ou quatro páginas contendo anotações e referências bibliográficas; denso, paradoxal, às vezes hermético, o texto não se deixa decifrar facilmente. Como não se destinava à publicação, o autor não tinha qualquer necessidade de torná-lo legível e compreensível... Os comentários a seguir são uma tentativa parcial de interpretação, baseada mais em hipóteses do que em certezas, e deixando de lado certas "zonas de sombra".

O texto de Benjamin é, com toda evidência, inspirado por "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo" (Cia. das Letras, 2004), de Max Weber [1864-1920]. No entanto, como veremos, o argumento de Benjamin vai muito além de Weber e, sobretudo, substitui sua abordagem "axiologicamente neutra" (Wertfrei) por um fulminante requisitório anticapitalista.

"É preciso ver no capitalismo uma religião". Com essa afirmação categórica começa o fragmento. Segue-se uma referência, mas também um distanciamento em relação a Weber: "Demonstrar a estrutura religiosa do capitalismo -isto é, demonstrar que ele é não somente uma formação condicionada pela religião, como pensa Weber, mas um fenômeno essencialmente religioso- nos levaria ainda hoje pelos meandros de uma polêmica universal desmedida".

Benjamin continua: "Podemos entretanto, desde já, reconhecer no tempo presente três traços dessa estrutura religiosa do capitalismo". Benjamin não cita mais Weber, mas de fato os três pontos se alimentam de idéias e argumentos do sociólogo, dando-lhes um novo alcance, infinitamente mais crítico, mais radical -social e politicamente, mas também do ponto de vista filosófico (teológico?)- e perfeitamente antagônico à tese weberiana da secularização.

O culto: "Primeiramente, o capitalismo é uma religião puramente cultual, talvez a mais extremamente cultual que já existiu. Nada nele tem significado que não esteja em relação imediata com o culto, ele não tem dogma específico nem teologia. O utilitarismo ganha, desse ponto de vista, sua coloração religiosa."

Portanto, as práticas utilitárias do capitalismo -investimento do capital, especulações, operações financeiras, manobras bolsistas, compra e venda de mercadorias- são equivalentes a um culto religioso. O capitalismo não exige a adesão a um credo, a uma doutrina ou a uma "teologia"; o que conta são as ações, que representam, por sua dinâmica social, práticas cultuais. Benjamin, contradizendo um pouco seu argumento sobre a Reforma e o cristianismo, compara essa religião capitalista ao paganismo original, também ele "imediatamente prático" e sem preocupações "transcendentes".

Mas o que é que permite assemelhar essas práticas econômicas capitalistas a um "culto"? Benjamin não o explica, mas utiliza, algumas linhas depois, o termo "adorador"; podemos assim considerar que o culto capitalista comporta certas divindades que são objeto de adoração. Por exemplo: "Comparação entre as imagens de santos das diferentes religiões e as notas de dinheiro dos diversos países". O dinheiro, em forma de papel-moeda, seria assim o objeto de um culto análogo ao dos santos das religiões "comuns".

No entanto, o papel-moeda é apenas uma das manifestações de uma divindade mais fundamental no sistema capitalista cultual: o "dinheiro", o deus Mammon, ou, segundo Benjamin, "Plutão... deus da riqueza". Na bibliografia do fragmento é mencionada uma passagem virulenta contra o poder religioso do dinheiro: está no livro "Aufruf zum Sozialismus", do pensador anarquista judeu-alemão Gustav Landauer, publicado em 1919, pouco antes do assassinato de seu autor por militares contra-revolucionários. Na página indicada pela nota bibliográfica de Benjamin, Landauer escreve:

"Fritz Mauthner ("Wörterbuch der Philosophie") mostrou que a palavra "Deus" (Gott) é originariamente idêntica a "ídolo" (Götze), e que as duas querem dizer "o fundido" [ou "o escorrido'] (Gegossene). Deus é um artefato feito pelos humanos, que ganha uma vida, atrai para si as vidas dos humanos e finalmente torna-se mais poderoso que a humanidade. O único escorrido (Gegossene), o único ídolo (Götze), o único Deus (Gott) a que os humanos deram vida é o dinheiro (Geld). O dinheiro é artificial e é vivo, o dinheiro produz dinheiro e mais dinheiro, o dinheiro tem todo o poder do mundo. Quem não vê, quem ainda hoje não vê, que o dinheiro, que o Deus não é outra coisa senão um espírito oriundo dos seres humanos, um espírito que se tornou uma coisa (Ding) viva, um monstro (Unding), e que ele é o sentido (Sinn) que se tornou louco (Unsinn) de nossa vida? O dinheiro não cria riqueza, ele é a riqueza; ele é a riqueza em si; não existe outro rico além do dinheiro".

É verdade que não podemos saber até que ponto Benjamin compartilhava esse raciocínio de Landauer; mas podemos, a título de hipótese, considerar esse trecho, mencionado na bibliografia, como um exemplo do que ele entende por "práticas cultuais" do capitalismo.

Sem trégua: A segunda característica do capitalismo "está estreitamente ligada a essa concreção do culto: a duração do culto é permanente". "O capitalismo é a celebração de um culto "sem trégua e sem piedade". Não há "dias comuns", nenhum dia que não seja de festa, no sentido terrível da utilização da pompa sagrada, da extrema tensão que habita o adorador."

Sem descanso, sem trégua e sem piedade: a idéia de Weber é retomada por Benjamin, quase literalmente; não sem ironia, aliás, evocando o caráter permanente dos "dias de festa": na verdade, os capitalistas puritanos aboliram a maioria dos feriados católicos, considerados um incentivo ao ócio. Portanto, na religião capitalista, cada dia vê a mobilização da "pompa sagrada", isto é, os rituais na bolsa ou na fábrica, enquanto os adoradores seguem, com angústia e uma "extrema tensão", a subida ou a descida das cotações das ações.

As práticas capitalistas não conhecem pausa, elas dominam a vida dos indivíduos da manhã à noite, da primavera ao inverno, do berço ao túmulo. Como bem observa Burkhardt Lindner, o fragmento empresta de Weber o conceito do capitalismo como sistema dinâmico, em expansão global, impossível de deter e do qual não podemos escapar.

Enfim, a terceira característica do capitalismo como religião é seu caráter culpabilizador: "O capitalismo é provavelmente o primeiro exemplo de um culto que não é expiatório (entsühnenden), mas culpabilizador". Benjamin continua seu requisitório contra a religião capitalista: "Nisso, o sistema religioso é precipitado em um movimento monstruoso. Uma consciência monstruosamente culpada que não sabe expiar se apodera do culto, não para nele expiar essa culpa, mas para torná-la universal, para fazê-la entrar à força na consciência e, enfim e sobretudo, para implicar Deus nessa culpa, para que no fim das contas ele mesmo tenha interesse na expiação".

Benjamin evoca, nesse contexto, o que chama de "ambigüidade da palavra Schuld" - isto é, ao mesmo tempo "dívida" e "culpa". Segundo Burkhard Lindner, a perspectiva histórica do fragmento baseia-se na premissa de que não podemos separar, no sistema da religião capitalista, a "culpa mítica" da dívida econômica.

Encontramos em Max Weber dois raciocínios análogos, que também jogam com os dois sentidos de "dever": para o burguês puritano, "o que consagramos a fins "pessoais" é "roubado" do serviço à glória de Deus"; tornamo-nos assim ao mesmo tempo culpados e "endividados" em relação a Deus. "A idéia de que o homem tem "deveres" para com as posses que lhe foram confiadas e às quais ele está subordinado como um intendente devotado (...) pesa sobre sua vida com todo o seu peso gélido. Quanto mais aumentam as posses, mais pesado torna-se o sentimento de responsabilidade (...) que o obriga, para a glória de Deus (...), a aumentá-las por meio de um trabalho sem descanso". A expressão de Benjamin "fazer a culpa entrar à força na consciência" corresponde bem às práticas puritanas/capitalistas analisadas por Weber.

Amplitude: Mas parece-me que o argumento de Benjamin é mais geral: não é somente o capitalismo que é culpado e "endividado" com seu capital -a culpa é universal. Assim, o próprio Deus encontra-se envolvido nessa culpa geral: se os pobres são culpados e excluídos da graça, e se, no capitalismo, eles estão condenados à exclusão social é porque "é a vontade de Deus" ou, o que é seu equivalente na religião capitalista, a vontade dos mercados.

Bem entendido, se nos situarmos no ponto de vista desses pobres e endividados, é Deus que é o culpado, e com ele o capitalismo. Em qualquer dos casos, Deus está inextricavelmente associado ao processo de culpabilização universal.

Até aqui vimos bem o ponto de partida weberiano do fragmento, em sua análise do capitalismo moderno como religião originária de uma transformação do calvinismo; mas há um trecho em que Benjamin parece atribuir ao capitalismo uma dimensão transhistórica que não é mais a de Weber -e tampouco de Marx: "O capitalismo se desenvolveu no Ocidente como um parasita do cristianismo -devemos demonstrá-lo não somente a propósito do calvinismo, mas também das outras correntes ortodoxas do cristianismo-, de tal sorte que no fim das contas a história do cristianismo é essencialmente a de seu parasita, o capitalismo".

O resultado do processo "monstruoso" de culpabilização capitalista é a generalização do "desespero": "Ele está ligado à essência desse movimento religioso -que é o capitalismo- de perseverar até o fim, até a completa culpabilização final de Deus, até um estado do mundo atingido por um desespero que ainda "esperamos" que seja justo. O que o capitalismo tem de historicamente inédito é que a religião não é mais reforma, mas a ruína do ser. O desespero se estende ao estado religioso do mundo do qual se deveria esperar a salvação".

Não estamos distantes, aqui, das últimas páginas da "Ética Protestante", em que Weber constata, com um fatalismo resignado, que o capitalismo moderno "determina, com uma força irresistível, o estilo de vida do conjunto dos indivíduos nascidos nesse mecanismo -e não somente daqueles que a aquisição econômica concerne diretamente".

Ele compara essa coerção a uma espécie de prisão na qual o sistema de produção racional de mercadorias encerra os indivíduos: "Segundo as opiniões de Baxter, a preocupação pelos bens externos não deveria pesar sobre os ombros de seus santos senão como "um leve manto que a qualquer momento se pode retirar". Mas a fatalidade transformou esse manto em uma jaula de aço".

De Weber a Benjamin nos encontramos em um mesmo campo semântico, que descreve a lógica impiedosa do sistema capitalista. Mas por que ele é produtor de desespero?

Sendo a "culpa" dos humanos, seu endividamento para com o capital, perpétua e crescente, nenhuma esperança de expiação é permitida. O capitalista deve constantemente aumentar e ampliar seu capital, sob pena de desaparecer diante de seus concorrentes, e o pobre deve emprestar dinheiro para pagar suas dívidas.

Segundo a religião do capital, a única salvação reside na intensificação do sistema, na expansão capitalista, no acúmulo de mercadorias, mas isso só faz agravar o desespero. É o que parece sugerir Benjamin com a fórmula que faz do desespero um estado religioso do mundo "do qual se deveria esperar a salvação".

Este texto é uma versão editada da conferência de Michael Löwy na USP no dia 29 de setembro.

Tradução de Luiz Roberto Mendes Gonçalves e publicado na Folha de São Paulo, Caderno Mais, domingo, 18 de setembro de 2005.

Dostoyevsky

To improve my English, first published in the language. - Thanks for reading.

Marcelo Souto

For the literary critical thinking, the work of Dostoyevsky is decomposed into several autonomous mutually contradictory philosophical theories, defended by heroes dostoievskianos, where the author is regarded as one of the greatest innovators in the field of art form. His philosophical concepts not included in the works, but the exposure of characters is more engaging, where the voices of the author and the characters are confused and becomes a peculiar synthesis of all these ideological voices. In Dostoyevsky, it creates controversy, learn and develop ideas that come to finished systems.
For the consciousness of critics, the value direct and full of words of the hero discards the plan monologue and causes immediate response, as if the hero was not the subject of the author's word, but word of his own vehicle, equipped with full power and value. The peculiarity was observed by WB Engelgardt, which reads as follows:

"In examining the Russian criticism on the works of Dostoyevsky, it is easy to understand that, except few exceptions, it does not exceed the level of intellectual heroes of the favorite writer. Not that she dominates the field handling, but it is a matter that dominates entirely. She is still learning with Ivan Karamazov, Raskolnikov, Stavróguin and the Grand Inquisitor, is embroiled in contradictions in which they engage, holding up perplexed in the face of the problems that they do not resolve itself and tilting them to revere the complex emotions and distressing " .

Obviously you can not explain this peculiarity of the critical literature on Dostoyevsky only by impotence methodology of critical thinking and consider it complete artistic transgression of the will of the author. Such a critical approach to literature as well as the design does not prejudice the readers, we always discuss with the heroes of Dostoyevsky, in fact corresponds to the basic structural peculiarities of the works of author. Like in the Prometheus of Goethe, Dostoyevsky does not create slaves dumb (as Zeus), but free people, able to put up side by side with its creator, to disagree and even his revolt against him.
The multiplicity of voices and consciences and inamissíveis independent and authentic voices of polyphony plenivalentes are the key peculiarity of the novels of Dostoyevsky. It is not the multitude of characters and destinations that in a world one goal, the light of a consciousness of the author, is developed in their novels. It is precisely the multiplicity of consciousness that equipollent and their worlds here are combined in a unit of event, maintaining its imiscibilidade. Within the artistic level of Dostoyevsky, its main characters are, in fact, not only objects of the author's speech, but the very subject of this speech directly significant. For this reason, the speech of the hero does not end in any circumstances in normal features and functions thematic pragmatic, and does not constitute proper position in the expression of the author. The conscience of the hero is given to the other, the conscience of others, but at the same time was not objetifica, do not quit, you do not become mere object of consciousness of the author. In this sense, the image of the hero in Dostoyevsky is not the image of common heroic aimed at the traditional novel.
Dostoyevsky is the creator of the polyphonic novel, a genre essentially romantic again. For that his work does not fall within any limit, is not subject to any of literary historical regimens that are usually applied to European events of the novel. His works mark the emergence of a hero whose voice is structured in the same way that structure is the voice of the author in the novel common. The voice of the hero on himself and the world is as full as the common word of the author is not subject to the objectified image of the hero, a characteristic, however, neither serves as the interpreter of the voice of the author. She has exceptional independence in the structure of the work, as soasse next to the word of the author, line up in a special way with her and with the voices of other plenivalentes heroes.
The image of polyphony and counterpoint only indicates new problems that were present when the construction of the novel goes beyond the limits of the unit monologize usual, as well as in music, new problems arose when exceeded the limits of a voice. It is worth saying that the materials of music and romance are different too so you can talk about the analogy somewhat higher figure, which is represented by a simple metaphor. However, this metaphor is that transform the end polyphonic novel, we could not find the more appropriate and can not be forgotten the origin of metaphorical terms.
The problem of polyphony was raised with great accuracy and comprehensiveness of A. V. Lunatcharsky in the article "The mnogogolósnosti Dostoievskovo" (About the multiplicity of voices in Dostoyevsky). Lunatcharsky shares the view of the polyphonic novel, assuming that MM Bakhtin could not only establish the immense importance of the multiplicity of voices in the novel by Dostoyevsky, the role of this multiplicity of voices as most important characteristic of his novel, but also determine with accuracy the immense autonomy and plenivalência of each voice, developed so formidable on Dostoyevsky. The author also points out correctly that all voices that are really essential role in the novel are beliefs or views on the world. There are still to be said that the drama is by nature a strange authenticates polyphony: can have many different plans, but may not have many different worlds, admits only one and not several reference systems. In essence, there are in each drama plenivalente only a voice of the hero, while the polyphony requires a multiplicity of voices plenivalentes the limits of a work, because only under this condition are possible polyphonic the principles of construction of the whole. The unprecedented freedom of voices in the polyphony of Dostoyevsky, impressing the reader, follows precisely the fact of being limited in essence, the power of Dostoyevsky on the spirits he awakened.
Dostoyevsky had the gift of great sounding dialogue of his time, or in times more accurate, listen to his time as a great dialogue, it captures not only the isolated voices, but first and foremost the relations between the dialogical voices, the interaction dialogue between them. He also auscultated the dominant voices, recognized and shrillness of the season, that is the dominant ideas, major (official and unofficial), as well as voices still weak, still not entirely clear ideas, ideas latent not yet heard by anyone except by him and ideas that just beginning to ripen, embryos of future conceptions of the world.
In the dialogue of his time, Dostoyevsky auscultated also the echoes of voices, ideas of the past, both the nearest past, how much farther, trying to listen to voices ideas of the future, trying to guess them, so to speak, at the place they for the dialogue has not yet triggered a replica made of the future. Thus, at today's converged and arguing the past, present and future. Dostoyevsky never created images of their ideas from scratch, never the inventive, as the artist did not invent those who portrays. Auscultation knew them or guess them in this reality. For this we can find and show some prototypes to the images of the ideas in the novels of Dostoyevsky, as well as images of their heroes. For example, the prototype of the ideas of Raskolnikov were the ideas of Marx Stirner, exposed to the treaty "A Unique and its Characteristics," and the ideas of Napoleon III, developed by him in the book "The History of Julius Caesar", a prototypes of the ideas of Piotr Vierkhoviénsky was the "Catechism of a Revolutionary", were prototypes of the ideas of Viersílov the ideas of Tchaadáiev and Herzen. Not by far were discovered and shown prototypes of the ideas of Dostoyevsky. Please note that this is not the sources of Dostoyevsky, but the images of prototypes of ideas.
Dostoyevsky absolutely not copied or explained these prototypes, but redraw the way of artistic freedom by converting them into artistic images live from their ideas, strictly as an artist does with its prototype human. What he did, above all, was to destroy the form of closed monologize ideas and prototypes include them in major dialogue of his novels, where they begin to live a new life artistic factual.

Artigo - Qual será o futuro das próximas gerações?

Fico assustado e horrorizado, juntamente com os que prezam pela moral, pela decadência ética provocada pela inversão de valores que resultam em conflitos e desestrutura das famílias, levando-as a destruição e desfragmentação.
A inversão é tal, que novelas retratam divórcios como algo corriqueiro e natural, sendo um costume da sociedade onde os filhos têm sua educação e princípios danificados. As novelas são ficcionais e situações degradantes tornam-se ilárias e estimulantes para que pais deixem os filhos aos cuidados dos avós. Outras situações: mães com filhos de parceiros diferentes ou amantes tratadas melhor que as esposas pacientes que aguardam o marido no lar.
A distorção promíscua transmitida nas novelas eleva a falta de pudor e de valores morais e éticos, trazendo conseqüências irreversíveis e desastrosas na educação oriunda do lar. O que ganhamos com exemplos grotescos distorcidos e contrários aquelas que ajudam a estruturar a sociedade? A resposta é simples: adolescentes gravidas precocemente que não frequenta mais a escola ou jovens desolados que encontram a solução nas drogas.
A gravidez e a promiscuidade são tão graves quanto a disseminação de doenças venéreas contagiosas como a AIDS, sífilis ou herpes. O pior ainda, é quando a falta de uma estrutura familiar, conduz os nossos filhos para a criminalidade, uso de drogas, os conduzindo a banalidades. Ficamos receosos com o conteúdo das novelas, que somente deseducam e promovem o mal. Imagino o lar de pessoas que escrevem estes roteiros. Será que são felizes ou enfrentam problemas graves que tentam mascaram, como o alcoolismo, uso de drogas, filhos problemáticos e constantes separações?
A desconfiança é grande, Muito do que se escreve, mesmo ficçional, se baseia na realidade.
Espero que no futuro, os filhos não se deixem influênciar por falsos enredos, tornando-se delinqüentes e produto duma sociedade midiatica onde valores éticos e morais foram trocados por falsos prazeres mundanos que levam a destruição do humanidade e do caráter.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Todos devem se unir para que os políticos corruptos não se elejam

Até onde a corrupção e a impunidade que permeiam a política podem nos prejudicar? O arrendamento da máquina pública é um desses males que reverte a partidos políticos generosas verbas. Estes desvios impedem a construção escolas, postos de saúde, contratação, reajuste e manutenção de pessoal para serviços públicos.
Sem sabermos a verdade sobre o destino das verbas e da execução dos orçamentos, devido a omissão, ocultação e maquiagem das contas públicas, somos escravizados e obrigados a viver conforme a vontade de políticos corruptos. Nesta ditadura antidemocrática, ainda têm governante que defende a prática de caixa dois e sonegação de impostos, alegando que todo mundo faz isso.
Com tanta falta de ética e moral, a população fica desacreditada dos seus representantes. Adeptos da quebra de sigilo bancário de simples Francenildos e favorecendo ilicitamente movimentos criminosos, baderneiros e arruaceiros como o de Bruno Maranhão, estes políticos figuram o atraso ao qual estamos fadados devido a discursos radicais que espantam investimentos que nos dariam ótima renda e bons empregos.
Por isso, caro leitor, pergunto se você está contente com os quadros políticos atuais ou é favor duma transformação radical e de uma limpeza ética contra corruptos e quadrilheiros que agem contra os interesses populares e que agem conforme interesses próprios. Cabe a você dar a resposta.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Londrix 2008 - Festival Literário de Londrina (Clique na imagem para ampliar)



O Festival Literário de Londrina (Londrix), abre hoje sua quarta edição e muitos nomes da literatura nacional e local prestigiram o evento. O Londrix tem por objetivo discutir e propagar a literatura produzida em Londrina, além de resgatar a literatura lúdica.

Entre os convidados: Paulo Scott, Ivan Santana, Mirian Paglia Costa, João Noll, Fabrício Corsaletti, João Filho, Fernando Koproski, Antônio Carlos Galhardo, Márcia Denser, Mário Bortolotto, Fábio Brum, Paulo de Tarso Dias, Hélio Leites, Marcelo Montenegro, Neuza Pinheiro, Maria Regina Pereira, Lourenço Mutarelli e Renata Mattar.

Os meios de difusão do objetivo desse Festival são muito variados, contando com palestras, debates sobre características da literatura contemporânea brasileira, shows com convidados que integram a literatura na música, atividades lúdicas para as crianças, leituras públicas, teatros, lançamentos de livros, revistas, CD, os concursos “Poesia Falada” e “Música e Poesia” e finalmente a feira de livros.

Pachama

Lei Penal frente as novas concepções sociais

Segundo profissionais do Direito, atualização das leis são necessárias

O Código Penal vigente, que fixa regras de punição, define crimes e comina penas, foi instituído pelo decreto-lei nº2848/40, nos termos do artigo 180 da Constituição de 1937. No decorrer dos anos, sofreu mudanças e as principais foram introduzidas pelas leis nº6.416/77 e 7.209/84. É o Código Penal que protege, assegura, desenvolve relações e disposições sociais contra o crime e a violência.
Esses fatores, crime e violência, são oriundos, segundo o Dr. Nelson Áquila, ex-Delegado-Adjunto da 10º subdivisão da Polícia Civil de Londrina, da distribuição errônea de renda, desemprego e miséria. “A criminalidade e a violência são cominantes no que diz respeito a degradação das condições do ser humano”. Áquila lembra que melhorando o ambiente sociológico, reduz-se a capacidade criminógena e se consegue rapidamente atingir o respectivo grau de saturação criminal. “O crime, violação dos sentimentos de piedade e probidade, é constituído por ações nocivas a coletividade. No entanto, está condicionado a fatores antropológicos, físicos e sociais”, diz.
Devido a periculosidade gerada pelo crime, o delegado diz que algumas normas de leis e processos deveriam mudar, como a progressão de pena, que pede 1/6 de cumprimento, sendo que o correto seria a aplicação de pelo menos 50% da pena. “O procedimento contra os infratores é brando e algo deve ser revisto. Cabe ao Legislativo criar leis, no entanto, muitos deputados não são condizentes em mudar o Processo Penal”.
Outro profissional do Direito, que concorda com mudanças nas leis, é a Promotora de Justiça da 2º Vara Criminal do Fórum de Londrina, Siomara Nogari. Ela afirma que o CP têm qualidades e defeitos, mas alguns tipos penais deveriam ser apenados de forma mais rigorosa, a exemplo dos crimes de ameaça e de agressão doméstica. Segundo Nogari, o sistema presidiário também é falho e não possibilita a ressocialização dos presos, conforme pretensão da Lei de Execuções Penais.
Nogari diz que deveriam haver mais promotores e juizes para que o trabalho das Policias Civil e Militar não seja inócuo devido a falta de recursos humanos atrapalhar os trabalhos. Para se ter uma idéia, o cartório da 2º Vara Criminal de Londrina, tem somente um funcionário, auxiliado por estagiários. O mesmo possui processos de cerca de 360 réus presos e mais de 2000 de réus que estão soltos. “Foram criadas em Londrina, recentemente, mais três varas criminais, mas que não funcionam por falta de espaço, estrutura e funcionários. Se as varas fossem concretizadas, iriam desafogar o trabalho acumulado”, diz.
Para Marcos Ticianelli, professor de Direito Penal na Universidade Estadual de Londrina, o CP e algumas leis estão desatualizadas para o nosso contexto. “Algumas leis penais deveriam ser extintas. A Constituição Federal de 1988 expõe valores atualizados que não se compatibilizam com o CP”. Ticianelli aponta que as leis perdem devido a atecnicidade do legislador e que muitos crimes recentes, não atendem preceitos constitucionais das novas legislações, a exemplo da questão da cibernética e da biossegurança, que são objetos de análise do legislador. “As condutas criminosas realizadas por meio da internet, necessitam da implementação tecnológica para a devida produção de provas. Esses crimes já existiam e trouxeram novas condutas criminológicas”, diz Ticianelli.

Crimes virtuais e CTN-Bio
Com a popularização dos computadores, verificou-se o surgimento de uma forma de comunicação apta a permitir a constituição de novas relações jurídicas. Atualmente, a contratação por meios eletrônicos é uma realidade inafastável do nosso cotidiano e se mostra presente através de diversas transações virtuais/financeiras.
Para Ticianelli, o Direito, em face a tecnologia, sofre com a velocidade das transformações sociais, bem como as necessidades de mudanças a curto prazo, cabendo ao legislador o papel de bem adaptar o mundo jurídico ao contexto social.
A cibernética é objeto de estudo com fins de verificar se os institutos jurídicos são adaptáveis ao que o mundo digital oferece. Segundo o professor, o ineditismo da modernidade deve ser analisado, sobretudo, com a perfeita compreensão do fenômeno tecnológico, para a obrigatoriedade de profunda reflexão que leve a repensar os fundamentos e a estrutura do pensamento jurídico marcado pela lógica de racionalidade técnico-formal e por pressupostos científicos.
No campo da biossegurança, inúmeros e inusitados problemas jurídicos estão sendo criados pela célere evolução da biotecnologia e da biomedicina. Os sucessivos progressos nos diferentes campos da atividade sócio-econômica, tecnológica e científica, exigem soluções jurídicas que desafiam sistemas como o nosso, constituídos em fins do século 19 que não atendem ás necessidades contemporâneas. .
A bioética é muito questionada e a lei nº11.105/05 é percursora no mercado. Trata de genoma humano, embriões, engenharia genética e transgênicos. A lei protege o patrimônio genético da humanidade, é contra modificações que podem alterar a originalidade do ser humano e prevê punição a quem não atender a CTN-Bio (Comissão de Tecnologia Nacional de Biossegurança).

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Lenda Urbana: O corno viu o chufrudo - (Parte III - Fim)



O desespero tomou conta de todo mundo. Alguns se deitaram no chão do salão, que começou a girar, até que Joana dá um grito, que faz todos se calarem! Com a voz exaltada disse a besta fera:

- O que você deseja aqui. Não lhe fiz mal sequer.
- Quero o pensamento daqueles que não respeitaram a quaresma. Levarei todos para o mundo da escuridão, onde pagaram seus pecados.
- Não faça isso. Ajude-nos Pai!

O Coronel se levanta e diz ao inimigo:

- Saia daqui capeta! Ninguém o convidou!

O homem há pouco tempo um grã-fino cavalheiro educado, transformou-se num animal monstruoso e horripilante. A fera com chifres dirigiu-se ao chifrudo e disse:

- Muito bem! O senhor, um homem safado e pecador que comete maldades, não tem direito de falar contra mim. Você é um chifrudo e sua esposa deixa a lhe desejar. Vossa Senhoria que não trate bem seus empregados, então terá que pagar pela iniqüidade. Além do mais, as pessoas na cidade lhe avisaram o que podia acontecer caso desrespeitasse a quaresma.

Nisso, a besta-fera desfere um muro que acerta sua cabeça, no qual perde a razão e os sentidos.

De manhã, O Coronel acorda com a cabeça doendo e uma ressaca horrível. Estava estirado ao chão com um cheiro ruim de cachaça. Joana, na porta do salão, varia o chão e recolhia as garrafas e cacos de vidro. O Coronel, com o pensamento na cabeça lhe pergunta o que aconteceu naquela noite. Ela disse que ele bebeu tanto, que desmaiou no chão e não se lembrava de mais nada. Perguntando sobre o rapaz da capa preta, ela disse que o mesmo era um forasteiro de terras longínquas e estava de passagem. O Coronel, confuso, não sabia o que aconteceu na noite passada.

- Foi uma alucinação causada cachaça ou a visita do demo?

Percebendo que o fato o marcou, o Coronel, após o episódio largou o vício da bebida e do jogo. Conversou com a esposa para haver um relacionamento familiar e tradicional, onde a amizade e confiança fossem o segredo da estabilidade no casamento. As fazendas pagavam seus funcionários em dia e davam atenção aos que estavam doentes e precisavam de ajuda. O Coronel, há pouco tempo desfazia e maltratava, recorda a toda quaresma vai à missa e não desrespeita a crendice do povo.