segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Deu na capa da Folha Norte de Londrina

Alunos do Parigot pesquisam alternativa para o futuro

Jovens cientistas descobrem substância que pode ser utilizada como combustível em automóveis sem poluir o meio ambiente.

Um grupo de alunos do Colégio Estadual Adélia Dionísia Barbosa, do Parigot de Souza III, na região Norte de Londrina, realizou uma pesquisa sobre combustíveis alternativos e descobriu que o hidrogênio pode ser utilizado na locomoção de veículos e máquinas. Isso também ajudaria a diminuir os efeitos climáticos causados pelo aquecimento global.
O trabalho, denominado “Hidrogênio – Uma alternativa para o futuro” foi feito pelos integrantes do Clube de Ciências do colégio, que colocaram um motor de automóvel em funcionamento utilizando apenas o elemento pesquisado. De acordo com o professor de Matemática Adriano Augusto Leite de Azevedo, coordenador da pesquisa, o hidrogênio foi escolhido porque não emite gás carbônico na atmosfera, considerado o principal responsável pelo efeito estufa e pelo aquecimento global.
“A idéia surgiu quando os alunos viram um livro de Física com um foguete movido a hidrazina. Depois, foram pesquisadas substâncias como o biodiesel, o álcool e o gás natural. Constatou-se que eles desperdiçam muita energia na sua produção, poluem o meio ambiente, não suprem a necessidade de abastecimento e ainda geram resíduos tóxicos”, relatou.
Para encontrar um combustível alternativo mais viável para o meio ambiente, os jovens cientistas realizaram pesquisas em livros, revistas e internet a respeito do hidrogênio e seu uso tecnológico e chegaram à conclusão que a substância é a menos poluente. A utilização de alimentos na obtenção de combustíveis também foi verificada, mas, conforme o professor, o uso da soja pode gerar problemas no abastecimento e encarecer o alimento.
O aluno do 1° ano do Ensino Médio, Marcos Alexandre Sales, de 15 anos e integrante do Clube de Ciências, disse que um carro de 1000 cilindradas tem capacidade para percorrer, com 10 metros cúbicos de hidrogênio, 100 km. “O motor não sofre nenhuma modificação, apenas se faz uma adaptação no carburador”, avisou o jovem cientista, que desde 2005 participa do grupo e já ensina conceitos básicos de Física e Matemática aos alunos mais novos.
Financeiramente, o projeto “Hidrogênio: Alternativa para o futuro” não é viável devido aos altos custos do cilindro, em torno de R$1.700,00, e da carga de hidrogênio, que tem 10 metros cúbicos e custa R$1.000,00. “Todo o material para desenvolvimento das pesquisas foi doado por empresários que atuam na área”, informou o professor de Matemática.
Azevedo lembrou que ainda há um projeto para a construção de um equipamento com três partes que seriam utilizadas para separar hidrogênio e oxigênio, no entanto é necessária a colaboração de um patrocinador, pois o orçamento da maquina é de R$25 mil.
Em 2008, os alunos do Colégio Estadual Adélia Dionísia Barbosa participarão da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), voltada para estudantes do último ano do Ensino Médio e Técnico. A feira será realizada de 11 a 15 de março de 2008 na USP (Universidade São Paulo). Neste ano, o Clube de Ciências já foi premiado em um concurso realizado em Londrina, que contou com a participação de 25 escolas.

Um comentário:

Vinicius Aguiari, disse...

da hora marceleza seu blog, vai fundo maluco, abraço!!!